JAC T40 recebe câmbio automático CVT e novo motor 1.6, além de equipamentos inéditos e alterações na cabine

A oferta de versões automáticas é cada vez mais requisitada pelos consumidores nos segmentos mais baratos do mercado. No mundo dos SUVs então, a opção de trocas sem utilização do pedal de embreagem é praticamente indispensável. A JAC sabia disso ao lançar o T40 quase um ano atrás somente com caixa manual. Agora, o modelo finalmente ganha opção de câmbio do tipo CVT, atrelado a um novo motor 1.6 e mais equipamentos, em versão única, por R$ 69.990.

Movido somente a gasolina – o flex está nos planos da marca para o próximo ano –, o novo 1.6 possui duplo comando variável de válvulas e gera 138 cv a 6.000 rpm e 17,1 kgfm a 4.000 rpm – aumento de 11 cv e 1,4 kgfm em relação ao 1.5 flex, que continua em linha nas versões com câmbio manual de cinco marchas. Em relação às demais configurações, o T40 CVT estreia diversos itens exclusivos, como bancos em couro, novo quadro de instrumentos, sistema stop-start, sensores de estacionamento na dianteira (em adição aos traseiros e à câmera de ré) e integração do ar-condicionado com a central multimídia (mostra informações de temperatura e intensidade da ventilação na tela digital).

Além disso, as costuras vermelhas do volante em couro agora são replicadas no painel com revestimento de mesmo material, coifa da alavanca de câmbio, laterais de porta e bancos. Os pedais trazem apliques em aço escovado e o apoio de braço, antes integrado ao encosto do motorista, agora vem com porta-objetos embutido no console central.

A expectativa da JAC é que a nova versão corresponda a 75% dos emplacamentos do modelo  a partir de agora. “Das 600 unidades do T40 que pretendemos vender por mês em 2018, 450 serão com câmbio CVT”, explica o presidente do Grupo SHC e da JAC Motors do Brasil, Sergio Habib. No acumulado até março deste ano, foram emplacadas, em média, 240 unidades do modelo, de acordo com dados da Fenabrave.

Mais potente e disposto

Ao assumir o volante, ainda com o motor desligado, chamam a atenção duas mudanças na cabine: a visualização mais prática do novo quadro de instrumentos e os bancos em couro com espuma mais firme.

O novo motor 1.6 entrega bom torque em baixas rotações – ainda que a força máxima apareça a 4.000 rpm. Na estrada, com três jornalistas a bordo e ar-condicionado ligado, o motor tem boa disposição em retomadas e acelerações com o pé embaixo (em saídas de pedágios, por exemplo).

Nessas situações, como é típico deste tipo de câmbio, o CVT trava as rotações na faixa máxima de potência (6.000 rpm) e assim permanece até que o motorista alivie a pressão no acelerador. A alavanca possui o modo esportivo S, que mantém a rotação sempre mais alta, e a tecla neve, para pisos escorregadios.

Andando de forma mais moderada, o câmbio mantém as rotações mais baixas na comparação com o T40 1.5 manual. A 120 km/h, o novo 1.6 CVT gira a 2.900 rpm. E o conforto acústico na cabine é bom, com pouca intrusão de ruídos aerodinâmicos e do motor.

A suspensão trabalha bem na absorção de irregularidades do solo, mas deixa a carroceria rolar de forma considerável em curvas. Também decepciona o acerto impreciso da direção com assistência elétrica, que exige leves correções a todo momento em rodovias.

Esse comportamento, porém, foi atenuado após aferirmos a pressão dos pneus no meio do trajeto do evento de lançamento. Após estacionar em um posto de combustíveis, aguardamos alguns minutos (para o pneu esfriar) e aplicamos a recomendação indicada no manual, de 32 psi nas quatro rodas (a unidade avaliada tinha 35 psi no eixo dianteiro e 36 psi no traseiro). Com a pressão correta e maior contato dos pneus com o solo, o comportamento melhorou sensivelmente.

O T40 CVT chega com pacote bastante completo de equipamentos e desempenho convincente do conjunto motor e câmbio. Para quem procura a comodidade do câmbio automático na faixa entre R$ 65 mil e R$ 70 mil dos hatches compactos de visual aventureiro e SUVs de entrada, a nova versão do JAC é uma interessante opção a ser considerada.

*Texto publicado originalmente na edição 295 (maio/2018) da Revista CARRO

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