Há 20 anos, a Fiat lançava o hatch Brava, o modelo que mudou as linhas dos automóveis da fabricante no Brasil

Em setembro de 1999, ou seja, há 20 anos, a Fiat Automóveis lançou no Brasil o Fiat Brava. Na época o modelo chamou a atenção por causa do desenho mais arredondado e aerodinâmico. Até então, seus carros tinham linhas mais quadradas como as do 147, Spazio e Tempra. A campanha de lançamento utilizou o slogan: “Pecado é não ter um”. Na prática o carro foi a versão hatch do sedã Marea, o conjunto ótico tinha faróis estreitos e lanternas traseiras divididas em três partes. De série, a versão de entrada SX trazia a direção hidráulica, regulagem de altura do volante, ajuste elétrico dos faróis e limpador traseiro. Na opção topo de linha a ELX, incluíram o ar-condicionado automático, vidros elétricos dianteiros, sistema de som com toca-fitas e imobilizador. Na lista de opcionais figuravam os air bags frontais e laterais, faróis auxiliares, toca-CD, alarme e rodas de liga leve.

O Brava foi produzido com o comprimento de 4.180 mm, distância entre eixos de 2.540 mm e largura de 1.741 mm, os quais entregavam bom espaço interno aos ocupantes, no porta-malas a capacidade era de 370 litros. Com motor movido a gasolina do Palio 1.6 16-válvulas e câmbio manual de cinco marchas, sua potência era de 106 cv e 15,1 kgfm de torque, foi o primeiro modelo da Fiat a ser comercializado pela internet.

No ano 2000, foi incluído no mix a versão esportiva HGT, que inaugurou a sigla entre os modelos da fabricante italiana no país. Incluíram motor 1.8 de 132 cv e 16,7 kgfm. Além disso, recebeu defletor traseiro, rodas de 15 polegadas e interior revestido de tecido especial. A suspensão foi recalibrada e ficou mais firme.

Já em 2001 um novo motor para o Brava, o 1.6 Corsa Lunga (curso longo em italiano), uma referência ao curso maior dos pistões em relação ao motor anterior. Esta mudança aumentou em 0,3 kgfm o torque e melhorou a distribuição da potência, mas manteve os 106 cv.

Produzido até 2003, a Fiat fabricou um total de 43 mil unidades do Brava, o hatch que inaugurou as linhas arredondadas nos modelos da fabricante italiana.

Louco por Fiat

O Brava HGT 1.8 ano 2000 das fotos desta reportagem pertence a Rodrigo Viana, leitor e colecionador da Revista Carro. Durante a entrevista, chegamos à conclusão que o seu amor pela Fiat está no fato de os dois terem nascido no Brasil no mesmo ano, 1976. Mas seu primeiro carro da marca não foi o 147. “Eu não tinha idade para dirigir um”, afirma, mas sim um Uno, da primeira geração brasileira, em 1989. Depois foram dois modelos do Premio, um CS 1.3 e um CS 1.5.

Em 1998, um deslize, teve um Escort e logo em seguida mais dois. Voltou ao seu amor em 2002, ao comprar um Fiat Brava SX 1.6, o amor da sua vida. Todo preto, com aquelas lanternas traseiras que chamavam a atenção de todos. Outro escorregão em 2008, com um Ford Focus. Mas, sua paixão pela Fiat falou mais alto e ele voltou para a marca dois anos depois, com um Punto.

Em 2013, finalmente, jurou amor eterno à marca italiana, quando adquiriu um Bravo 1.8 Essence, que está com ele até hoje, com 28 mil km. Em seguida veio o Stilo Atractive 2011, que também está guardado em sua garagem.

BRAVA!!!

Finalmente, o Brava entrou na sua vida. Ele procurava por um modelo esportivo HGT 1.8, ano 2000, com 30 mil km. Por sorte, o carro estava “enrolado” num inventário, ficou parado por 8 anos e hoje Rodrigo é o segundo dono do carro. E é sua grande paixão. Já teve muita oferta para se desfazer dele, mas… Ele segue feliz com seus carros Fiat, incluindo um Tipo i.e, prata, 1996.

Tem até uma certa pressão do pai, que não vê razão para ele ter quatro carros de modelos antigos, quando poderia vender todos e “comprar um Jeep Renegade”, já que ele tem um carro novo da empresa para trabalhar.

Qual o quê, isso não passa pela cabeça dele, que até se arrepia ao falar do seu Brava. Outra história que envolve o pai do Rodrigo: ele sempre gostou e gosta dos carros Chevrolet. É como comparar palmeirense e corintiano.

Texto: Chico Lelis

Fotos: Saulo Mazzoni

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