amortecedor lombadaVocê já ficou em dúvida se é melhor passar pelas lombadas em linha reta ou na diagonal? Algumas atitudes comuns entre os motoristas no dia a dia podem danificar os amortecedores e comprometer a vida útil dos componentes da suspensão. Se você não sabe, a suspensão assegura não só o conforto dos ocupantes a bordo, mas também a estabilidade e dirigibilidade do veículo. Por isso, é questão de segurança manter o sistema sempre em dia.

O sistema de suspensão é composto por amortecedores, coxins, molas, bielas, batentes e bandejas, entre outros, que trabalham em conjunto. Ou seja, se uma dessas peças estiver com desgaste excessivo, pode comprometer o desempenho e a vida útil das demais.

Ruas esburacadas e off-road

Verifique regularmente o alinhamento e o balanceamento do veículo, pois isso pode causar desgaste desigual e prematuro dos pneus, além de influenciar na vida útil da suspensão. Se você roda com frequência por ruas esburacadas ou de terra, pode ser necessário antecipar a troca dos amortecedores.

Para evitar problemas, fique atento a sinais como perda de estabilidade em curvas, ruídos, derrapagens, solavancos, trepidações, balanço excessivo ou falta e contato dos pneus com o solo. O mesmo se aplica a veículos com condições severas de uso, como táxis e de transporte.

Se os amortecedores estiverem desgastados, além de aumentar o cansaço do motorista, aumentam o distância de frenagem e podem elevar a possibilidade de aquaplanagem em piso molhado. “Testes realizados pela Monroe comprovam que amortecedores com 50% de desgaste elevam em 26% o cansaço do motorista, aumentam a distância de frenagem em até 2,6 metros a uma velocidade de 80 km/h e fazem com que o veículo comece a aquaplanar a velocidades a partir de 109 km/h”, explica Juliano Caretta, Supervisor de Treinamento Técnico da Monroe.

Lombadas e valetas

Sobre as lombadas, a forma correta é passar – incluindo valetas – sempre em linha reta. “Passar por estes obstáculos na diagonal gera forças laterais na movimentação dos componentes, podendo acarretar folgas excessivas, ruídos, empenamentos e, em situações mais graves, o travamento total das peças. Além disso, é fundamental passar em velocidade reduzida”, afirma Caretta.

Excesso de carga

Fique atento também ao limite de carga do veículo, descrito no manual do proprietário. Muitas vezes ultrapassamos esse limite, especialmente em viagens, comprometendo a dirigibilidade e o conforto. Não se esqueça também de distribuir o peso no porta malas, evitando diferenças de altura entre os lados da suspensão.

Barro e maresia

Sempre que retornar de uma viagem à praia ou ao campo, em que o carro está sujo de barro, é importante fazer uma limpeza completa, principalmente na parte inferior. Sujeiras e detritos, como o barro ressecado, comprometem o funcionamento dos amortecedores caso entrem em contato com a haste ou retentor da peça. Já a maresia causa oxidação e corrosão na lataria e em peças de metal, como a suspensão. Para evitar problemas, ao retornar, lave o veículo no mesmo dia ou o mais breve possível.

Quando trocar

A empresa recomenda verificar os amortecedores, aproximadamente, a cada 10 mil quilômetros, com substituição indicada a cada 40 mil quilômetros rodados, ou que apresentarem problemas no componente. Faça a verificação regularmente, porque o motorista pode se acostumar com os sinais de problema e não procurar um mecânico.

Além disso, quando fizer a troca dos amortecedores, a Monroe recomenda também substituir o coxim com rolamento, batente e coifa. Outra orientação é trocar os amortecedores aos pares em cada eixo ou, se possível, realizar a manutenção de todo o conjunto.

 

Leia mais

 

Aprenda como ler as informações na lateral do pneu

O que você precisa saber para cuidar dos pneus

Continental desenvolve pneu que calibra pressão com o carro em movimento

Share This