Utilitário teve a fabricação encerrada no fim de abril, segundo Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul
A Chevrolet Montana já não é mais fabricada no Brasil. Após o anúncio do desenvolvimento de uma nova picape, que terá como missão enfrentar a Fiat Toro, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul confirmou que a Montana não é mais produzida pela General Motors desde o fim de abril.
A Montana ainda consta no site oficial da Chevrolet em razão do estoque remanescente, que poderá durar mais algumas semanas ou meses. Na Argentina, a picape saiu de linha na última semana. Em 2020, no acumulado de janeiro a abril, a Chevrolet Montana somou apenas 1.223 unidades vendidas, antes as 41.450 unidades da Fiat Strada e as 10.181 unidades da VW Saveiro.
Com o fim de linha nas concessionárias próximo, a Montana é vendida atualmente em versão única, LS, por R$ 78.790. Focada no uso para o trabalho, a picape possui apenas o básico para a faixa de preços, como ar-condicionado, direção com assistência hidráulica, protetor de caçamba, aviso sonoro de faróis ligados e chave canivete, além de vidros e retrovisores elétricos.
A picape traz motor 1.4 Econo.Flex de 99/94 cv a 6.000 rpm e 13/12,9 kgfm de torque a 3.200 rpm. O câmbio é manual de cinco marchas. Um dos destaques da picape é a capacidade total de carga, de 744 kg.
Derivada do Agile (que compartilhava plataforma com o Corsa de primeira geração), a atual Montana foi lançada no Brasil em outubro de 2010. Além do visual polêmico, a picape retrocedeu tecnicamente em relação à antecessora, que era baseada no Corsa de segunda geração (mais moderno que o Agile). Desde o lançamento, a atual Montana nunca teve atualização no visual, ganhando apenas mudanças nos pacotes de versões e equipamentos.
Ainda sem nome oficializado, a sucessora da Montana será produzida em São Caetano do Sul (SP). A picape passará a utilizar a plataforma GEM, que dá origem aos novos Onix, Onix Plus e Tracker. A mecânica será compartilhada com o SUV, incluindo os motores 1.0 turbo de 116 cv e 1.2 turbo de 133 cv. Preços terão como referência a atual Fiat Toro flex, posicionada na faixa entre R$ 115 mil e R$ 145 mil.
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