uso de celular ao volante

Uso de celular ao volante é infração gravíssima e ainda pode ser combinada com outro tipo de infração, além de aumentar em 400% o risco de acidentes

 

O Detran.SP fez um levantamento das infrações registradas no Estado de São Paulo entre 2017 e 2020, apontando que 7,5% das multas foram pelo uso do celular ao volante. Vale lembrar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso do celular aumenta em 400% o risco de acidentes, além de ser uma infração gravíssima, com 7 pontos na CNH e multa de R$ 293,47.

Essa infração ainda pode ser combinada com outro tipo: condução de veículo sem as duas mãos ao volante, com valor de R$ 130,16 e que rende mais cinco pontos na carteira de habilitação.

O levantamento mostrou que esse tipo de infração representava apenas 3,4% do total de multas em 2017, somando 65 mil infrações. O volume passou para 4,4% em 2018 (75 mil multas) e 4,9% em 2019 (69 mil). Em 2020, o uso do celular ao volante foi responsável por 66 mil multas registradas.

“É preciso que os motoristas entendam que, assim como a bebida alcoólica, o telefone móvel não combina com direção. Um trânsito mais seguro depende do engajamento de todos”, afirma Ernesto Mascellani Neto, diretor-presidente do Detran.SP.

Quase 20% da população das capitais brasileiras admite utilizar o smartphone enquanto conduz um veículo. No exterior, um estudo divulgado pela National Safety Council (NSC) revelou que 96% dos entrevistados concordam que digitar e-mails e mensagens enquanto dirigem é um grande problema para a segurança no trânsito. Por outro lado, 34% assumem já ter feito isso durante a direção e 44% declaram que costumam ler e-mails e textos enquanto dirigem.

Normalmente, um condutor demora cerca de 2,5 segundos para começar a frear diante de um imprevisto na rodovia, quando o veículo está a velocidades entre 80 e 100km/h. Se o motorista está na cidade, o tempo de reação é menor: 0,75 segundos. Em contrapartida, para digitar dois algarismos no celular, o motorista demora 2 segundos. Assim, geralmente, quando percebem o imprevisto, não há mais tempo para frear.

 

Foto: Divulgação

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