Crédito: Reprodução CET/SP
Há incontáveis exemplos de rodovias em que a velocidade máxima permitida é ridiculamente baixa, tipo rodovia de pista dupla com mureta divisória e limite de 80 km/h. Ou de avenidas urbanas arteriais de 50 km/h
O objeto em questão é o radar de medição de velocidade nas estradas. O presidente Bolsonaro determinou, em agosto, que fossem retirados, das rodovias federais — as BRs — os radares do tipo estático (colocados à margem das rodovias, sempre cuidadosamente “escondidos”), portáteis (mais entendidos como aqueles do tipo pistola na mão de policiais) e móveis (ficam a bordo de viaturas policiais e medem velocidade relativa entre estas e outro carro, tanto no mesmo sentido quanto em sentido contrário, nunca ou quase nunca utilizados no país).
O radar tipo fixo, aquele de caráter permanente (“pardal”), fixado em postes dedicados ou outro tipo de estrutura, ficou fora de terminação presidencial
A ideia do presidente foi pôr um fim na farra das multas — a “indústria das multas” é consenso entre a maioria dos motoristas — até que esse tipo de fiscalização fosse devidamente reestudado pelo Ministério da Infraestrutura.
Mas como toda medida tem os que são contra, em 12 de dezembro a Justiça Federal determinou a volta da operação de fiscalização com esses equipamentos alegando falta de embasamento técnico para a suspensão da operação.
Aliás, esta deveria ter sido de caráter nacional, uma vez que essa “indústria” está disseminada com metástase de câncer no país todo. Uma indústria bem rentável, diga-se.
Ninguém, em sã consciência, pode ser contra a fiscalização de velocidade — aliás, de qualquer outra fiscalização, uma vez que trânsito é regido por lei sob o nome de Código de Trânsito Brasileiro, e leis devem ser cumpridas, para o bem da coletividade.
O problema surge quando a autoridade de trânsito sobre a via adota velocidades-limite aquém, muitas vezes bem abaixo, da velocidade natural da via, aquela em que se trafega em velocidade tal que nem é preciso observar o velocímetro.
Há incontáveis exemplos de rodovias em que a velocidade máxima permitida é ridiculamente baixa, tipo rodovia de pista dupla com mureta divisória e limite de 80 km/h. Ou de avenidas urbanas arteriais de 50 km/h.
Um exemplo claro de abuso da autoridade de trânsito é bem conhecido por quem reside na Região Metropolitana de São Paulo; certamente há outros país a fora. Quando se vai da capital a São Caetano do Sul, as avenidas são de 50 km/h. Passou a divisa de município vira 60 km/h como num passe de mágica. Vias de exatamente mesma característica. Trafega-se pela Avenida Goiás, no município vizinho, tranquilamente e sem receio de cometer infração.
No retorno à capital, o mesmo choque, apenas invertido. Tem-se que tomar extremo cuidado para não ser multado por “excesso de 0915velocidade”.
O que causa espécie é a imprensa, de modo geral, não atentar para uma questão de tamanha importância como as velocidades artificialmente baixas. Outro exemplo é a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde a litorânea Avenida Atlântica — movimentada, um bairro populoso, de praia — tem limite de 70 km/h. Tragédias lá? Inexistentes.
Foi rápida a reação da imprensa ao destacar aumento de acidentes nas rodovias federais usando “estatísticas” para condenar a retirada da fiscalização — estatísticas de três meses são mais falsas do que uma nota de 30 reais.
Bob Sharp é jornalista, foi piloto de competição e teve três passagens pela indústria automobilística. É também o editor-técnico da CARRO e mais um apaixonado por automóveis. Você concorda, discorda ou quer esclarecer algum assunto com o nosso colunista? Envie sua mensagem para: bob@revistacarro.com.br.
Outro problema no trânsito brasileiro eq teve duas ou três mudanças no código e nem todos tão a par se vc pegar um mais velho de carta outro menos e outro recente pergunte pra ele o q e conversão à esquerda se não da briga mas q os limites da vai sao muito baixo isso são esses limites foram feitos quando os carros erram fusca Brasília corcel e por aí vai hj os carros são mais evoluídos se vc não consegue dirigir no trânsito vai de ônibus
Os acidentes acontecem pq no Brasil tem muita gente ruim de volante nem todos q se envolvem em acidentes tá alcoolizado ou drogado
Boa tarde! Não entendo o Bolsonaro nessas indas e vindas à Angra dos Reis, detectou diversos radares na Rio Santos. Falou que iria retirar e em vez de retirarem aumentaram a quantidade. O mais absurdo e em frente ao Condominio Porto Galo o radar e de 40 KM. Um perigo p/ acontecer acidentes.
Aumentar velocidade nas estradas e vias do Brasil? Ideia estapafurdia de quem acha que está vivendo na Alemanha. O colunista precisa cair na real. Morre mais gente diariamente nas mãos de muitos motoristas bêbados e ou drogados metidos a Airton Senna do que as guerras no Iraque e Síria.
Ainda hoje pela manhã ouvi uma reportagem na Band, em que o reporter pergunta ao funcionário da prefeitura como é feita a “concorrência”para instalação de pardais em Limeira, interior de S.Paulo. Resposta do funcionário: não tem concorrência. É tudo combinado. Portanto, estamos mesmo na mão de políticos inescrupulosos e esses radares nada mais são que assalto legalizado ao bolso do contribuinte. Simples assim!!
Excelente texto,aqui em São Paulo o problema não são as velocidades e sim os irresponsáveis ,bebados e drogados que provocam acidentes sem dó,deveriam ser revistos todos esses limites de velocidade e aumentar muito as fiscalizações da lei seca,estado de conservação dos veículos,vejo vários carros velhos transformados em picapes cheio de lixo em cima que da até medo de andar perto. ( Cade a fiscalização ? )
Excelente abordagem !!! Como resolver esses “mandos e desmandos” onde cada um faz o que quer e ficamos refém destas mazelas !!!!
Numa rodovia com velocidade de 110Km/h de repente ter a velocidade reduzida em decida para 60Km/h pode causar muito mais acidente, principalmente com caminhões, do que sinalizar bem de longe para ir baixando aos poucos para 100, 90, 80, 70 até chegar aos 60Km/h. 30Km/h numa avenida também pode ser baixo demais.