FCA prometeu 1.200 novos empregos com o investimento bilionário

Serão 25 lançamentos até 2024, sendo 15 da Fiat e 10 da Jeep, novos modelos, atualizações de veículos em linha e séries especiais.

A Fiat Chrysler Automobiles anunciou que a fábrica de Betim (MG) receberá investimento de R$ 8,5 bilhões até 2024, tornando-se a maior aplicação já feita desde a criação do polo, em 1976. Deste total, R$ 500 milhões serão destinados ao desenvolvimento dos motores turbo Firefly 1.0 de 3 cilindros e 1.3 de 4 cilindros. A previsão de início da produção é no final do último trimestre de 2020 e a entrada oficial no mercado só no começo de 2021.

A cerimônia contou a presença do CEO mundial da FCA, Mike Manley, do presidente do grupo FCA na América Latina, Antonio Filosa, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, além de funcionários da fábrica, autoridades e convidados.

Não há nada confirmado, mas os motores turbo – da família GSE (Global Small Engine) – deverão entregar 120 cv de potência e 19,3 kgfm de torque, e 180 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, 1.0 e 1.3, respectivamente – Na China são produzidos nestas especificações. Se no Brasil não for igual, será algo muito próximo. Os modelos que receberão os novos motores ainda estão sob sigilo e só deverão ser divulgados no ano que vem.

Mike Manley , CEO mundial da FCA, posa ao lado do motor

O investimento bilionário será revertido num total de 25 novidades. Sendo 15 deles da Fiat, entre eles dois ou três SUVs, baseados no conceito Fastback, inspirado na Toro, que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo do ano passado; os outros 10 serão da Jeep. Vale ressaltar de destes 25, estão envolvidos novos modelos, atualizações de veículos em linha e séries especiais.

“Os bons resultados apresentados pela América Latina nos últimos trimestres, impulsionados pelo Brasil, e o potencial de crescimento do nosso mercado e, em especial, a versatilidade e alta qualificação da mão-de-obra brasileira foram fatores fundamentais para trazer esse investimento ao Brasil, que disputava com outros países a possibilidade de receber a nova fábrica de motores turbo”, afirma Filosa, presidente da FCA para a América Latina.

O principal concorrente do Brasil nessa disputa era a China – que já produz os motores, mas não receberá este novo polo. O país asiático exporta esses motores para a Europa, e o mesmo acontecerá com os produzidos por aqui, que tem como expectativa mandar 400.000 deles para a o continente europeu até 2022.

“Todo o trabalho de desenvolvimento desses novos materiais e componentes, bem como a capacidade de trabalhar com etanol e gasolina, já estão em andamento para que os novos propulsores cheguem ao mercado até o final de 2020, equipando modelos da FCA”, explica Aldo Marangoni, diretor de Powertrain da FCA para a América Latina.

Atualmente, o polo de Betim opera com cerca de 20 mil funcionários, e de acordo com a FCA, essa nova fábrica de motores deve gerar 1,2 mil empregos.

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