CEO Rolls-Royce

Para o executivo, a percepção de que “a vida pode ser breve” ajudou a Rolls-Royce a bater seu recorde de vendas em 117 anos de história

 

O CEO da Rolls-Royce, Torsten Müller-Otvös, deu uma declaração que logo gerou polêmica, ao atribuir os grandes volumes de vendas no segmento de luxo ao elevado número de mortes devido à pandemia de Covid-19. Segundo o executivo, o medo da morte e a percepção de que “a vida pode ser breve” encorajou muitos a comprar objetos que antes eram sonhos ou objetivos secundários.

E isso inclui o recorde de vendas da Rolls-Royce em 2021, que comercializou mais veículos do que em qualquer outro ano em seus 117 anos de história. Foram 5.586 unidades vendidas, o que representou um aumento de 49% em relação a 2020.

Muitas pessoas testemunharam pessoas em sua comunidade morrendo de Covid, o que as faz pensar que a vida pode ser curta, e é melhor viver agora do que adiá-la para uma data posterior”, disse o CEO ao The Financial Times.

Claro, a empresa não atribui os bons resultados apenas à pandemia. No comunicado oficial, o executivo afirma que: “Nosso portfólio de produtos extremamente forte e uma oferta excepcional, juntamente com o primeiro ano completo de disponibilidade do Ghost, o lançamento do Black Badge Ghost em outubro e a demanda recorde por personalização, contribuíram significativamente para nosso desempenho forte. Isso é extremamente encorajador enquanto nos preparamos para o lançamento histórico do Spectre, nosso primeiro carro totalmente elétrico”.

Os maiores volumes de vendas da Rolls-Royce em 2021 foram alcançados na China, Américas e na região da Ásia/Pacífico, sendo que o modelo que liderou foi o Ghost.

O BMW Group também bateu recorde de vendas no mundo, com um total de 2.521.525 unidades em 2021, sendo 8,4% a mais do que em 2020. Aqui no Brasil, a marca foi de 12.429 unidades emplacadas em 2020 para 14.522 em 2021, segundo dados da Fenabrave. Também apresentaram crescimento no país as marcas premium Land Rover (+16,3%), Porsche (+26,1%) e Volvo (+7,4%) – de acordo com o levantamento da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores).

 

Foto: Divulgação

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