Aceleramos o Volkswagen Polo GTS, que chega em 2020 com a sigla que fez sucesso nas décadas de 1980 e 90

GLI, GTE e GTS. Se antes a sigla GTI era o sinônimo de máxima esportividade na linha Volkswagen, agora a sopa de letrinhas está bem mais diversificada – sinal dos novos tempos. A primeira delas surgiu no Brasil há pouco tempo, com a nova geração do Jetta 2.0. Já a GTE irá batizar a versão híbrida do Golf por aqui, que chega até o final de 2019. A lendária GTS, por sua vez, fez sucesso no passado com o Gol e voltará a reinar no início de 2020 a bordo dos compactos Polo e Virtus.

Para alento dos fãs de esportivos nacionais, a dupla irá além das modificações visuais. Sob o capô, Polo e Virtus GTS terão o mesmo motor 1.4 TSI flex usado no T-Cross e Tiguan, com 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque com qualquer um dos combustíveis. O câmbio será o mesmo do SUV compacto, automático epicíclico de seis marchas e com opção de trocas manuais pelas borboletas ou alavanca.

A linha GTS terá ainda molas e amortecedores específicos, além de eixo traseiro mais rígido. Ao contrário dos conceitos mostrados no Salão de São Paulo do ano passado, o vão livre do solo dos carros que chegarão às lojas será o mesmo da versão Highline 200 TSI (149 mm), assim como a medida de pneus (205/50R17). Os freios (a disco também na traseira) não terão upgrades. Já a barra estabilizadora teve seu diâmetro aumentado em 1 mm, para 21 mm.

Note que o carro das fotos ainda traz logotipos cobertos na grade e nos para-lamas, além de rodas na cor preta (a versão final deverá ter acabamento diamantado). O Polo GTS terá o mesmo para-choque e faróis full LED do GTI europeu, com friso vermelho que estende-se pela grade. Na lateral, o esportivo ganha uma discreta saia na base das portas e retrovisores pretos, enquanto a traseira traz defletor maior, dupla saída de escapamento e lanternas em LED – no Virtus, a peça usará as mesmas luzes halógenas das demais versões.

Por dentro, o destaque fica por conta dos bancos dianteiros do tipo concha, que trazem a sigla GTS no encosto e mesclam tecido e material que simula couro com arremate de costuras vermelhas.

O tom que remete à esportividade aparece ainda ao redor das saídas de ventilação, na base do câmbio e no volante, que recebe ainda um discreto logotipo da versão. O Polo GTS virá com pacote fechado de equipamentos, que inclui o quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas (com grafismos em itálico na cor vermelha), central multimídia de 8 polegadas, sistema stop-start, controles de estabilidade e tração, assistente de saída em rampas, quatro airbags, seletor de modos de condução, ar-condicionado digital, chave presencial e partida do motor por botão.

Pudemos acelerar o protótipo final do Polo GTS em duas voltas no autódromo da Capuava, no interior de São Paulo. O hatch impressionou pelo vigor nas acelerações e retomadas, embora as trocas não tão suaves do câmbio automático roubem parte da esportividade – a solução é optar pelas mudanças manuais.

O que mais agrada no GTS é o ajuste dinâmico: o acerto mais firme da suspensão não deixa a carroceria rolar em curvas e o peso da direção transmite confiança na hora do contorno. Já o que não convence tanto assim é o ronco do motor: no modo de condução Sport (há ainda Eco, Normal e Individual), o som é emulado no habitáculo por meio dos alto-falantes, exatamente como no Jetta GLI.

A Volkswagen não revelou outros detalhes técnicos nem os preços de Polo e Virtus GTS. Nossa estimativa é que o hatch fique na casa dos R$ 95 mil, enquanto o sedã deverá encostar nos R$ 100 mil. Não por acaso, era a faixa ocupada pelas versões 1.0 e 1.4 TSI do Golf, agora descontinuadas.

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