Audi Q3

Maior e mais refinada, segunda geração do Audi Q3 vem da Hungria para encarar os rivais BMW X1 e Volvo XC40

 

O Audi Q3 carecia de uma renovação completa há algum tempo. Lançado mundialmente em 2011, o SUV mais vendido da marca já demonstrava sinais da idade após a estreia de rivais mais modernos, como Volvo XC40 e Lexus UX, e a renovação completa do BMW X1. Agora, a segunda geração do modelo chega ao Brasil importada da Hungria em três versões de acabamento e um único conjunto mecânico.

O novo Q3 adota a plataforma MQB do grupo Volkswagen, em substituição à antiga PQ35 do Golf de quinta e sexta gerações. O SUV cresceu 97 mm em comprimento (4.484 mm ao todo), 25 mm na largura (1.849 mm) e 77 mm na distância entre eixos (2.680 mm). A altura foi reduzida em 2 mm (1.585 mm). O porta-malas cresceu 70 litros e chega a 530 litros ou 675 litros com o banco corrediço ajustado mais à frente. O assoalho do compartimento também pode ser regulado em três níveis.

Ao contrário do atual Q3 (que era produzido no Paraná junto ao A3), a nova geração virá da fábrica da Audi em Gyor, na Hungria. Serão três versões, todas com motor 1.4 TFSI a gasolina de 150 cv e câmbio de dupla embreagem e seis marchas. A tração é sempre dianteira – a integral quattro é sempre atrelada ao motor 2.0, que poderá chegar no final de 2020.

A configuração de entrada, Prestige, parte de R$ 179.990 e traz de série seis airbags, sensores de chuva e crepuscular, rodas de 17 polegadas, bancos em couro sintético, sensores de estacionamento na dianteira e traseira, central multimídia MMI, luzes de rodagem diurna em LED e câmera de ré.

Audi Q3Em seguida, a Prestige Plus (R$ 189.990) acrescenta ar-condicionado digital de duas zonas, quadro de instrumentos digital de 10,2 polegadas, chave presencial, botão de partida do motor, pacote de luzes ambiente, porta-malas com abertura e fechamento sem o uso das mãos, retrovisores rebatíveis eletricamente, faróis full LED, lanternas em LED com luzes dinâmicas e rodas de 18 polegadas. O teto solar elétrico é o único opcional, por R$ 8.000 extras.

Já a topo de linha Black (R$ 209.990) adiciona bancos dianteiros esportivos com revestimento em alcantara e ajustes elétricos, teto solar elétrico, volante de base reta e sistema de estacionamento automático. Entre os opcionais, destaque para controle de cruzeiro adaptativo (R$ 8.000), pacote de luzes internas customizáveis (R$ 3.500) e acabamento alcantara colorido (laranja, marrom ou cinza, R$ 4.000).

Mais refinado

Nosso primeiro contato com o novo Q3 aconteceu pelas estradas da região da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Os veículos disponíveis para test drive eram da configuração vendida somente na Alemanha, com o novo motor 1.5 TFSI de 150 cv (mesma potência do 1.4) e câmbio S tronic de 7 marchas. Ao volante, o Q3 mostrou-se mais equilibrado que o anterior, com bom controle das oscilações da carroceria e respostas mais ágeis da direção com assistência elétrica. Vale ressaltar que itens como rodas e outros equipamentos do carro das fotos não são exatamente os mesmos que estarão nas concessionárias do Brasil até março de 2020.

Audi Q3Na cabine, a evolução do Q3 é notável. Nenhuma peça remete ao antecessor e o acabamento está mais próximo ao de um Q5 (e não mais do A3), com superfícies emborrachadas no painel e nas portas. O acelerador deixou de ter pedal do tipo que pivota no assoalho e os comandos do ar-condicionado digital estão mais práticos e simples de usar. Para os ocupantes do banco de trás, há saída dedicada de ventilação e duas entradas USB (há quatro ao todo, sendo uma do tipo USB-C).

A central multimídia MMI agora possui tela tátil de 8,8 polegadas, mas fica em posição mais baixa e distante do campo visual do motorista na comparação à antiga geração. Em contrapartida, o Q3 finalmente adota o quadro de instrumentos digital com tela de 10,2 polegadas, que reúne as principais informações necessárias para condução. O espaço interno é bom para quatro ocupantes – mesmo sem tração integral, o túnel elevado dificulta a acomodação do passageiro central no banco de trás. A Audi não revela a expectativa de vendas, mas o foco da Audi é bater de frente com o BMW X1, que, no acumulado até novembro de 2019, vendeu 2,4 vezes mais que o Q3.

 

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