Ford Ranger XLS 2.2 4×2 AT traz as vantagens do diesel pelo mesmo valor de uma picape com motor ciclo Otto

Picapes médias flex hoje representam apenas 8% das vendas desse mercado, segundo a Ford. Apesar do preço de compra ser menor, o alto consumo de combustível e o torque menor pesam contra frente aos veículos de carga com motor Diesel. Por isso, a marca do oval azul deixou de oferecer a picape Ranger com motor a etanol e gasolina e posicionou as versões de entrada e intermediária na mesma faixa de mercado em que sua concorrência precifica caminhonetes ambicombustível.

A Ford Ranger XLS 2.2 4×2 (R$ 129.800) é a picape média a diesel mais barata do Brasil com câmbio automático. Curiosamente, trata-se de uma versão intermediária, mas como não tem a tração 4×4 temporária, seu preço fica abaixo da Ranger 4×4 com acabamento mais simples.

Na reformulação da linha, ganhou itens dignos dos sedãs médios da mesma faixa de preço: ar-condicionado digital de duas zonas, multimídia SYNC 3 com tela de 8 pol. e painel de instrumentos com duas telas de 4,2 pol.

A Ford manteve os principais itens da versão XLS anterior, como sete airbags, controle de velocidade de cruzeiro e limitador de velocidade, diferencial traseiro autobloqueante, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e controle automático de descida, controle de oscilação de reboque, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro. A caçamba dispõe de ganchos internos e trava da tampa com chave, mas, para uso em cidade, a ausência da capota marítima é bastante sentida. Mesmo assim, sua lista de equipamentos é superior a qualquer outra picape de preço semelhante.

Equilíbrio de forças

Mudanças na barra estabilizadora frontal e nas cargas de amortecedores e molas da suspensão deixaram a rodagem da Ranger com menos pegada de “caminhãozinho”, mas ainda não é tão suave quanto, por exemplo, a Chevrolet S10.

Mesmo assim, a direção eletroassistida é muito confortável para uma picape. O motor Duratorq 2.2 gera 160 cv de potência a 3.200 rpm e torque máximo de 39,3 kgfm a 1.600 rpm. Com o peso reduzido pela transmissão simplificada, a relação peso-potência da Ranger XLS 2.2 4×2 não se distancia tanto da versão Limited 3.2 4×4, 234 kg mais pesada. Por isso, em desempenho puro, os números são próximos: acelerou de zero a 100 km/h em 12s6 (contra 11s3 da versão 3.2) e, nas três provas de retomada (40 a 100 km/h, 60 a 120 km/h e 80 a 120 km/h), a diferença média em favor da Ranger topo de linha foi de apenas 0s4. Já em consumo de combustível, a versão XLS 2.2 4×2 confirma a economia esperada: 9,2 km/l na cidade e 13,3 km/l em rodovia – média PECO de 11,0 km/l e autonomia média de 884 km, contra 760 km da Limited 3.2.

Outra vantagem da XLS 4×2 é a carga útil: 1.176 kg contra 1.009 kg da versão de topo. Claro que sem a tração 4×4, a Ranger XLS 2.2 perde desenvoltura para levar esse peso a mais, porém, seu preço e economia de diesel aliados a desempenho razoável e ótimo pacote de série a colocam como uma excelente opção de compra para qualquer modalidade de uso.

Ficha Ford Ranger XLS

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