Com novas versões e conjunto mecânico inédito, SUV da General Motors quer ampliar participação no segmento
A Chevrolet abusou da licença poética na campanha de lançamento do Equinox no Brasil ao mostrá-lo disputando as curvas do autódromo de Interlagos com um Porsche 911 dos anos 1990. A ideia era comunicar que a força do motor 2.0 turbo tornava o SUV médio um dos mais potentes da categoria. De fato, potência não falta ao utilitário esportivo da General Motors. Porém, o Equinox nunca decolou em vendas. Na linha 2020, a marca aposta na nova motorização 1.5 turbo para competir com Jeep Compass, Volkswagen Tiguan Allspace 1.4, Mitsubishi Eclipse Cross e Peugeot 3008.
A chegada do novo motor fez com que a Chevrolet reajustasse a gama de versões. Sai de cena a configuração LT 2.0 e entram as inéditas LT 1.5 (R$ 129.990), Midnight 1.5 (R$ 131.990) e Premier 1.5 AWD (R$ 154.990). O motor de 262 cv continua na gama, agora restrito à Premier 2.0 AWD (R$ 162.990) – clique aqui para conferir os equipamentos de série de cada uma das versões.
Movido somente a gasolina, o novo 1.5 turbo possui 172 cv de potência e 27,8 kgfm de torque. O câmbio é automático de seis marchas – o 2.0 mantém a caixa de nove marchas. A tração é dianteira nas configurações LT e Midnight e integral nas Premier (1.5 e 2.0).
Nosso contato com o Equinox 2020 aconteceu no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), onde pudemos acelerar a versão Midnight. Por R$ 2.000 extras em relação à LT 1.5, a inédita versão traz rodas de 19 polegadas na cor preta (na LT, são de 18 pol.), grade e emblemas externos escurecidos.
A cabine segue o mesmo acabamento visto na opção LT, com couro preto nos bancos, volante e parte do painel. Estranhamente, a linha 2020 do Equinox não traz sistema wi-fi integrado à central multimídia MyLink, recurso já presente nas linhas Cruze e Onix. O equipamento deverá ser adotado somente na primeira reestilização do Equinox.
O motor 1.5 turbo entrega torque máximo a baixas 2.500 rpm. Com 142 kg a menos que a versão Premier 2.0, o Equinox Midnight convence pelas respostas ao pedal direito. Segundo dados de fábrica, a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 9,2 segundos.
As trocas de marcha são suaves, mas as mudanças manuais só são possíveis na posição “L” do câmbio por meio das nada práticas teclas no topo da alavanca. A 100 km/h, o motor gira a cerca de 2.000 rpm em sexta marcha. Dinamicamente, o Equinox Midnight mantém o acerto mais voltado ao conforto do que esportividade – o que, nesta versão com motor menos potente, faz sentido.
O motor de menor cilindrada deixou a “sede” do Equinox mais comedida. De acordo com dados do Inmetro, o consumo na cidade é de 9,5 km/l e, na estrada, 11,7 km/l. Para efeito de comparação, a versão Premier 2.0 cravou médias de 8,4 km/l e 10,1 km/l, respectivamente.
Com 4.217 unidades vendidas até novembro de 2019, o Equinox 2020 deve ganhar mais fôlego no segmento para brigar com o Volkswagen Tiguan Allspace (que emplacou 11.549 unidades no mesmo período), além de ampliar a margem sobre Peugeot 3008 (2.193) e Mitsubishi Eclipse Cross (2.157).
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