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Veja quais cuidados preventivos tomar com seu veículo
antes de sair de férias

 

Vai pegar a estrada nestas férias? Não esqueça de revisar seu veículo. É uma questão de segurança e evita dores de cabeça para lá de indesejadas durante a viagem. A seguir, veja vinte pontos que não podem ser esquecidos no check-up preventivo. Confira as informações do consultor técnico das revistas CARRO e O Mecânico, Fernando Landulfo, professor da escola de Engenharia da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).

1. Calibre os pneus quando estiverem frios

Quando o pneu é calibrado, o aparelho calibrador injeta ou retira ar conforme a pressão desejada. Porém, um pneu quando quente, devido à rodagem, têm pressão interna maior do que quando frio em repouso, mas a massa de ar dentro dele é a mesma. Portanto, se o calibrador identificar excesso de pressão, ele vai retirar ar do pneu, mas quando esfriar ele pode ficar com menos ar do que deveria. Já se o pneu quando quente estiver com falta de pressão, o calibrador vai encher menos do que o necessário.

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2. Fique atento ao desgaste da banda de rodagem do pneu

O desgaste tem que ser regular em toda a largura da banda de rodagem. Preste atenção à marca “TWI”, ressalto que fica no sulco do pneu. Quando sua altura coincide com a banda de rodagem, é hora de trocar. “Pneus com 3 mm de profundidade de sulco, apesar de ainda estarem dentro da legalidade, merecem maior atenção”, afirma Landulfo. Além do risco de aquaplanagem em situação de chuva, pneus carecas tendem a furar e se deformar com maior facilidade. Pneus com bolhas, trincas nas laterais ou com excesso de consertos podem estourar e provocar acidentes graves.

3. Abasteça o carro somente em postos de confiança

As maiores mazelas com o combustível adulterado continuam sendo: excesso de álcool na gasolina, excesso de água no etanol e gasolina falsificada com mistura de solventes, conta Landulfo. “Essas misturas geralmente apresentam um baixo poder calorífico. Logo, produzem menos energia do que deveriam, durante a combustão, o que provoca o excesso de consumo e o baixo rendimento do motor”. Se a adulteração for maior, começam os problemas de mau funcionamento. “Desconfie sempre de preços muito baixos, pois milagre não existe. O preço do combustível nas distribuidoras confiáveis não varia muito”, observa o professor.

4. Troque o óleo do motor no período determinado pela fabricante do veículo

Óleo de motor tem validade por quilometragem e também por tempo de uso. Quando seus aditivos expiram, diminuem em muito as propriedades desejadas, além de permitir a degradação do lubrificante que culmina na formação de borra. O óleo usado em excesso fica impregnado com impurezas sólidas que agem como abrasivos e desgastam prematuramente as peças internas do motor. “Em casos extremos, essa sujeira pode aumentar a viscosidade do lubrificante, que passa a ter dificuldade de adentrar em folgas muito pequenas, típicas dos motores modernos, e gerar problemas de atrito seco”, comenta Landulfo.

5. Muito congestionamento? Substitua o óleo na metade do tempo

Trânsito urbano desgasta mais o carro do que o trânsito rodoviário, em todos os sentidos. Se o seu carro só trafega na cidade, adote o período de troca de óleo previsto no manual para uso severo ou extremo. Se não houver essa determinação de forma clara, prefira cortar o período normal pela metade.

6. Não use aditivos de óleo que não sejam os recomendados pela fabricante do motor

Há muitos mitos envolvendo produtos aditivos ao óleo lubrificante que prometem verdadeiros milagres dentro do motor. Se o manual do veículo não especifica o uso de algum desses produtos, dispense. “O lubrificante que traz a marca da montadora ou tem a aprovação da mesma já tem todos os aditivos que o motor necessita”, reforça Landulfo.

7. Nunca deixe de substituir o filtro de óleo do motor juntamente a cada troca

Quando está saturado de sujeira, o filtro deixa de reter as impurezas sólidas geradas pelo funcionamento do motor. Nessa condição, o filtro tem uma válvula que impede que essa sujeira volte para o circuito, mas o óleo não será mais filtrado. Garante a lubrificação, mas a retenção de impurezas é zero. É como se o filtro não existisse. Por isso, o melhor a fazer é trocar o filtro a cada troca de óleo.

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8. Aproveite a parada e substitua também o filtro de ar

Uma peça barata que, se for trocada preventivamente, pode prevenir incômodos como baixo rendimento, desgaste antecipado do turbo, marcha lenta irregular, alto consumo e excesso de emissões. Um filtro de ar em bom estado colhe as impurezas contidas no ar aspirado pelo motor e enviado para a câmara de combustão, e evita que impurezas sólidas contaminem o óleo lubrificante e danifiquem as peças internas, fazendo o motor consumir mais e queimar óleo lubrificante, diminuindo sua vida útil. “Dica importante: jamais soprar um filtro sujo com ar comprimido. O uso de jatos de ar em alta velocidade, contra o papel filtro, aumenta os furos de filtragem. Após a ‘limpeza’ o filtro deixara passar impurezas que não deveria”, alerta o professor de engenharia.

9. Aproveite também para trocar as palhetas limpador de para-brisas

A troca periódica das palhetas, que se ressecam naturalmente com o tempo, garante uma boa visibilidade em dias de chuva. São componentes de baixo custo e alta segurança.

10. Não fique no escuro: inspecione lâmpadas e alinhamento dos faróis

As lâmpadas tendem a enfraquecer com o tempo, diminuindo a sua luminosidade, observa Landulfo. Em caso de necessidade de troca, evite comprar produtos muito baratos, de qualidade duvidosa, e que não terão tanta durabilidade. Por outro lado, não abuse: lâmpadas mais fortes do que as originais podem prejudicar seriamente o sistema elétrico do veículo. Já faróis desalinhados, além de prejudicar a visibilidade do condutor do veículo, podem ofuscar a visão do motorista que vem no sentido contrário. “Uma questão de segurança”, explica Landulfo. “A capacidade de iluminação dos faróis está ligada não só a lâmpada, mas também as estado do espelho refletor interno e da lente. Espelho opaco não reflete e direciona toda a luz produzida pela lâmpada. Por sua vez, lentes opacas funcionam como retenção”.

11. Respeite o período de troca de velas, cabos, bobinas de ignição

Se desgastados, provocam falhas de ignição e aumentam o consumo de combustível e a emissão de poluentes, diminuem a vida útil do catalisador e da sonda lambda (sensor de oxigênio), além de aumentar a carbonização interna do motor. Se a manutenção for totalmente negligenciada, pode fazer um ou mais cilindros pararem de funcionar, imobilizando o veículo. Não realizar a manutenção preventiva pode danificar ainda a bobina, o catalisador e sonda lambda. “Se o veículo tiver distribuidor, inclua o rotor e a tampa do mesmo. São peças baratas que podem poupar uma grande dor de cabeça”, afirma Landulfo.

12. “Downgrade” nas velas? Nunca!

Motores modernos, até mesmo os 1.0, necessitam de tecnologias específicas para manter sua eficiência energética e desempenho. Muitos já saem de fábrica com velas de irídio, mais caras que as convencionais. Na hora da troca, nunca substitua velas especiais por outras convencionais mais baratas. Sempre siga a determinação do manual do veículo.

13. Atenção ao prazo de troca das correias

Tanto as correias de acessórios quanto as de sincronismo (também chamadas de correias dentadas ou correias de distribuição) podem imobilizar o veículo em caso de quebra. No caso das correias de sincronismo, o rompimento vai provocar sérios danos ao motor pelo choque das válvulas contra os pistões. “E não podemos esquecer da troca preventiva do tensionador. Correia e tensionador envelhecem juntos”, adverte o professor.

14. Não viaje com elementos de desgaste velhos no freio

Mais importante do que fazer o veículo andar é fazê-lo parar. Pastilhas e lonas de freio em fim de vida útil tendem a fazer o pedal de freio baixar, dando a impressão de falta de fluido. Discos e tambores de freio, caso estejam íntegros, ainda permitem retífica, desde que sejam respeitados as tolerâncias de dimensões e empenamento de cada fabricante. Já as pastilhas e lonas excessivamente gastas sempre devem ser trocadas por novas. No caso de uma frenagem brusca, o carro pode simplesmente não parar. “Para que rodar com um freio ruidoso, com vibrações e que pode falhar a qualquer momento? Essas peças são baratas, porém de extrema importância no conforto e segurança do veículo. A prevenção é o melhor remédio.”, pondera o especialista.

15. Utilize sempre o fluido de freio recomendado pelo fabricante do veículo

Se não for trocado no prazo de um ano ou com 10 mil km, fica contaminado com água e impurezas sólidas, o que provoca efeito abrasivo nos componentes internos do sistema e o pior: a redução do ponto de ebulição do fluido. Consequência: durante longas frenagens, em trechos de serra, o fluido “ferve”, o veículo pode ficar sem freios. “O fluido deve ter coloração clara. Fluidos turvos e escuros já passaram da hora da troca”, afirma o professor.

16. Peça ao seu mecânico para inspecionar todo o conjunto da suspensão e direção

Quem suporta o peso do veículo e sua carga são as molas. Quando se desgastam por fadiga, o veículo tende a abaixar. Se não trocadas, sobrecarregam os amortecedores e diminuem suas vidas úteis. Já a função do amortecedor é reduzir as oscilações da suspensão e com isso manter as rodas em contato com o solo. As fabricantes estimam que um amortecedor dure de 40 a 60 mil km, dependendo da peça e do piso sobre o qual o veículo roda: quanto mais regular, maior será a sobrevida. Vazamentos, ruídos (batidas) e falta de eficiência em piso irregular podem indicar o fim da vida útil da peça. É também preciso inspecionar o estado e as folgas das juntas esféricas que compõem os pivôs e terminais de direção, além de buchas e batentes da suspensão. “Isso sem falar na presença de vazamentos em sistemas de direção hidráulica, principalmente nas mangueiras. O pequeno vazamento de hoje pode ser a mangueira rompida de amanhã”, adverte Landulfo.

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17. Não complete o líquido de arrefecimento com água da torneira

Use sempre o fluido de arrefecimento na diluição correta entre água e aditivo recomendada pelo fabricante do veículo (atenção: alguns fluidos já vêm diluídos na proporção correta). O período de troca varia entre um e dois anos, ou o recomendado no manual do veículo. Além disso, sua coloração deve ser clara. Quando sujo, contaminado por ferrugem e sem aditivação, promove a corrosão das partes internas feitas em metal ferroso. Essas partículas de metal podem travar a válvula termostática, assim como, prejudicar o funcionamento da bomba d’água.

18. Não viaje com bateria velha

Quando não consegue mais segurar carga, a bateria pode causar falhas de ignição, de injeção e prejudica o funcionamento dos demais sistemas, incluindo o alternador. Nesses casos, fazer o motor pegar no tranco pode tirar uma correia dentada de ponto ou danificar o sistema de transmissão.

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19. Não faça “chupeta”

Partida com bateria auxiliar (chupeta) pode danificar o alternador ou o gerenciamento eletrônico do veículo se não for feita do modo adequado. “Antes de viajar é recomendável fazer um teste de descarga na bateria, fuga de corrente do veículo e recarga do alternador. Uma prevenção que pode poupar o usuário de uma cara dor de cabeça. Os socorros são caros”, alerta Landulfo.

20. Substitua o filtro de cabine no período correto

O filtro de cabine evita que haja a proliferação de fungos e bactérias que não só contaminam todo o sistema de climatização como podem provocar mau cheiro e trazem risco de doenças respiratórias e alergias. A substituição do filtro também mantém a integridade do sistema do ar condicionado.

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