Recarga Peugeot e-208 GT 2021 elétrico Brasil autonomia WLTP

Teste padrão para veículos vendidos na Europa, protocolo WLTP é bastante utilizado para determinar o alcance dos eletrificados no Brasil

 

O rápido avanço na oferta de carros elétricos e híbridos no Brasil vem acompanhado de dúvidas por parte dos consumidores quanto à capacidade das baterias, modos de utilização e autonomia. Esta última, na maioria das vezes, é indicada pelos fabricantes em quilômetros junto à sigla WLTP. Mas, afinal, o que significa este termo?

A sigla WLTP é a abreviação, em inglês, para “procedimento mundial harmonizado de testes para veículos leves”. Como o nome indica, este é um método global de testes para determinar o consumo de combustível (ou eletricidade) e as emissões, levando em consideração a velocidade, o motor e o peso do veículo. O teste é aplicável a modelos com qualquer tipo de propulsão (a combustão, híbrida ou elétrica). 

O padrão WLTP foi criado para se aproximar das condições reais de uso de um motorista comum e substituiu o padrão NEDC (novo ciclo de direção europeu), que era menos realista. Ainda assim, o novo teste é todo realizado em laboratórios com dinamômetro. Como todos os modelos passam pelo mesmo método de medição, isso permite a comparabilidade entre os resultados.

O teste WLTP possui duração total de 30 minutos e distância percorrida de 23 km em dinamômetro, ante apenas 20 minutos e 11 km da norma NEDC. A velocidade média do novo teste é de 46,5 km/h, podendo alcançar 131 km/h de máxima (caso o motor do elétrico testado permita). 

O ciclo simula utilização de 52% em ambiente urbano e 48% em estrada, ante a proporção de 66% e 34%, na ordem, do antigo padrão. O tempo com o veículo parado e motor ligado, bem menos crítico para os elétricos em relação aos motores a combustão, caiu de 24% para 13% no novo ciclo. Em nenhum dos dois é realizado o uso do sistema de ar-condicionado, mas o WLTP considera os itens opcionais de cada versão do veículo, já que isso altera o peso final e a autonomia do modelo. Alguns fabricantes divulgam, além do ciclo WLTP padrão, os alcances nos ciclos WLTP urbano e WLTP rodoviário.

A medição WLTP serve apenas como referência, não representando a autonomia em uso real (tanto para veículos elétricos, como também para os com motores a combustão). Como exemplo, podemos citar o Renault Zoe E-Tech 2022, que possui 385 km de autonomia WLTP. Em nossa avaliação real (com ar-condicionado ligado e modo Eco desativado), entretanto, conseguimos a média de consumo de 19,6 kWh/100 km, o que permite projetar uma autonomia real de 252 km em uso misto nestas condições.

Fotos: Arquivo

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