Shell Super - fevereiro

A Volkswagen é uma das poucas fabricantes que desafiam a tendência de extinção das peruas no Brasil: além de retomar a importação do Golf Variant, mantém firme a aposta no SpaceFox.

Sua variação aventureira, o Space Cross, que acaba de alinhar o visual ao restante da gama (cujo facelift aconteceu em 2014), é um exemplo de como uma perua pode ser um carro agradável de dirigir na cidade, bastante útil no dia-a-dia da família e, no fim de semana, um companheiro para pegar estrada e até encarar trechos de terra.

VW Space Cross parte de R$ 69.690

Para começo de conversa, o visual off-road light fica melhor no Space Cross do que no hatch CrossFox, basicamente porque a carroceria da perua é maior e não há estepe fixado na traseira. Na cabine, chamam a atenção o acabamento cuidadoso e o bom gosto gráfico e de iluminação dos instrumentos e teclas.

O espaço interno, como na maioria dos compactos, é adequado para quatro adultos, ou dois adultos e três crianças (o entre-eixos é de apenas 2,47 m). Recursos como mesinhas dobráveis para os passageiros de trás, banco traseiro corrediço e iluminação no porta-malas (com capacidade para 440 litros) realçam a vocação familiar do Space Cross.

Modelo é impulsionado pelo motor 1.6 MSI de 120 cv de potência

O motor 1.6 MSI, que chega aos 120 cv quando abastecido com etanol (110 cv com gasolina), é bem explorado pelo câmbio manual de 6 marchas (o robotizado I-Motion custa R$ 3.500). O controle de estabilidade e tração pode ser desligado e engloba várias funções, como assistente de partida em rampa, e há outro (“Off Road”) para o ABS — as rodas travam um pouco nas estradas de terra para menor distância de parada. E então chegamos ao grande problema desse novo Space Cross: o preço. 

Acabamento é caprichado; não há falhas de encaixe das peças ou rebarbas

O valor inicial de R$ 69.900 (R$ 73.190 com câmbio robotizado) já assusta. Afinal, com esse dinheiro já é possível comprar um crossover/SUV de entrada. Se quiser rechear a perua com os itens já citados, mais sistema multimídia com navegador, teto solar e bancos de couro (sintético), os extras aumentam para R$ 6.992. Com isso, o Space Cross passa de R$ 80.000.

Espaço traseiro é razoável, com destaque para as mesinhas tipo avião

Temos, então, um carro versátil, gostoso de guiar e robusto, mas que expõe a “fraqueza” das peruas ante a concorrência dos SUVs, além do espaço vago no portfólio da VW. Assim, quem não tem SUV compacto, vai de Space Cross.

DADOS DE FÁBRICA

Motor disposição/número de válvulas: Diant., trans./16V
Cilindrada (cm³): 1.598
Potência (cv): 110 (G) / 120 (E) a 5.750 rpm
Torque (kgfm): 15,8 (G) / 16,8 (E) a 4.000 rpm
Câmbio: manual, 6 marchas
Suspensão (dianteira/traseira): McPherson/eixo de torção
Peso vazio/capacidade máxima de carga (kg): 1.182/448
Porta-malas (litros): 440
Peso rebocável (sem freio) (kg): 400
Tanque de combustível (litros): 50
Pneus (veículo testado): Pirelli P7 205/55 R15
Comprimento/largura/altura (mm): 4.205/1.904/1.620
Entre-eixos (mm): 2.469

NOSSAS MEDIÇÕES 

Aceleração:
0-60 km/h (m): 4,4 (42,3)
0-80 km/h (m): 7,1 (94,7)
0-100 km/h (m): 11,1 (194)
0-120 km/h (m): 15,9 (343)

Retomadas:
40-100 km/h em 3ª marcha (s): 12,5
60-120 km/h em 4ª marcha (s): 19,8
80-120 km/h em 4ª marcha (s): 14,4

Consumo (em km/l de etanol):
Consumo cidade: 7,5
Consumo estrada: 10,8
Consumo médio (PECO): 8,9
Autonomia em km: 445

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