A Volkswagen apresentou hoje (24) em Wolfsburg, na Alemanha, a oitava geração do Golf, que adota visual atualizado, com início das vendas no mercado europeu em dezembro – ainda sem prazo para o mercado brasileiro. A fabricante reforça o papel do novo Golf nos planos de eletrificação da marca, oferecendo opções a gasolina e diesel, além de oferecer um total cinco opções híbridas.
Visualmente, ele traz o novo logotipo da VW, que estreou há alguns meses no Salão de Frankfurt, além de um design mais esportivo, com faróis de LED e grade frontal mais finos. A fabricante afirma que, embora renovado, ele manteve as linhas características que perduraram pelas outras sete gerações do Golf.
O interior foi completamente modificado, ficando mais moderno, intuitivo e conectado. O quadro de instrumentos digital de 10.25″ se integra à tela sensível ao toque da central multimídia – que pode ser de 8.25″ ou 10″ -, formando um único conjunto. Head-up display no para-brisa também está disponível como opcional.
O modelo adota a plataforma MQB, oferecendo maior espaço interno, além de empregar materiais mais leves em sua construção. A plataforma, aliás, foi modificada também para receber o sistema híbrido leve. Nas medidas, o Golf 8 quase não mudou: são 4,284 mm de comprimento, 1,789 mm de largura, 1,456 mm de altura e 2,636 mm de entre-eixos. Estima-se que ele esteja até 45 kg mais leve que seu antecessor, embora essa informação ainda não tenha sido revelada pela VW.
Quanto à motorização, a oitava geração do Golf será oferecida ao todo em cinco configurações híbridas, com dois sistemas diferentes, totalizando oito opções com os motores a combustão. A variante com sistema híbrido leve conta com a tecnologia 48V dotada de um gerador que atuará em conjunto com o motor TSI, gerando economia de combustível de até 10%, segundo a fabricante.
Essas opções, chamadas eTSI, variam entre 110 cv, 130 cv e 150 cv, com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas. Haverá, ainda, duas versões híbridas plug-in, de 204 cv e 245 cv (GTE), com transmissão automatizada de dupla embreagem e seis marchas. Ambas serão equipadas com bateria de íon de lítio de 13 kWh, proporcionando autonomia de cerca de 60 km no modo elétrico.
As demais configurações terão motor a gasolina ou diesel, sendo duas com o 1.0 TSI a gasolina de três cilindros (de 90 cv e 110 cv), duas com o 1.5 TSI de quatro cilindros a gasolina (130 cv e 150 cv) com tecnologia de desativação de cilindros e duas com o 2.0 TDI de quatro cilindros movido a diesel (115 cv a 150 cv). Por fim, haverá a opção com motor TGI a gás natural de 130 cv.
Mais tecnológico, o Golf 8 adotará o sistema Travel Assist, um assistente ao condutor que atua a velocidades de até 210 km/h. As versões de acabamento na Europa serão: Golf, Life, Style (substitui a Trendline), Comfortline e Highline, além da R-Line.
Vale lembrar que, no Brasil, o Golf é vendido atualmente somente na versão GTI (R$ 151.530). As demais 1.0 e 1.4 deixaram de ser oferecidas no mercado brasileiro em março. O híbrido Golf GTE chega em novembro, provavelmente, para substituir o GTI. Na Alemanha, a oitava geração terá preço inicial de 20 mil euros – cerca de R$ 89 mil.
Leia mais
A influência da VW no mercado automobilístico mundial ainda são lembranças de um carro muito feio, porem de manutenção barata e custo acessível e que por isso tornou-se ícone da indústria automobilística, de nome “Sedan” para o fabricante e “Fusca” para o sofrido usuário. Hoje não existe no mundo uma montadora sequer que não tenha um veículo melhor que seu equivalente da VW e geralmente com preço mais acessível, entretanto o ser humano sofre de um problema psicossocial crônico denominado “congelamento de avaliações”, que nos leva entre outras atitudes a continuar usando coisas ruins por mero costume e graças a isso a montadora alemã continua vendendo bem apesar apesar de não apresentar nada de especial nos últimos vinte anos.