Segundo a fabricante, o comportamento do sistema não é um defeito, mas sim uma característica
Lançados no final do ano passado, o Fiat Fastback e o Fiat Pulse ganharam versões híbridas com tecnologia MHEV. O sistema é composto por duas baterias de 12V, uma convencional de chumbo, e outra de íons de lítio para o sistema híbrido. Entretanto, alguns proprietários têm informado problemas relacionados a esse sistema que, em condições normais, deve assistir o motor à combustão em acelerações para reduzir o consumo de combustível, além de ligar o propulsor em paradas.
Questionada pela Revista Carro sobre os problemas relatados pelos consumidores, a fabricante respondeu: “Uma central eletrônica gerencia os níveis de carga das baterias e pode momentaneamente desabilitar o e-assist quando a carga precisa ser reposta aos níveis de operação do sistema. Segundo estudos da empresa, essa é uma condição que não afeta a utilização da maioria dos consumidores. Neste momento, apenas cerca de 1% dos clientes relataram dúvidas sobre esta situação em nossos canais de atendimento.”.
Os relatos mais comuns dizem respeito à falta do impulso elétrico, mesmo com a bateria de lítio com carga máxima. Além disso, segundo apurações da Quatro Rodas, um boletim técnico informa que para o impulso elétrico funcionar, é preciso que a bateria de lítio esteja com no mínimo 30% de carga e a bateria de chumbo com 80%. Também, um proprietário informou que o seu Fiat Pulse apresentou esse problema, e, ao levar na concessionária, foi feita uma reprogramação no gerenciamento do sistema elétrico que, até o momento, resolveu o problema.
Essa informação corrobora com o que foi dito pela Fiat à Revista Carro, de que “os híbridos da Fiat são conectados, o que possibilita o monitoramento e o levantamento de dados sobre o carro e a utilização de nossos produtos no dia a dia. Uma vantagem e uma oportunidade, já que podemos realizar evoluções contínuas para melhor atender nossos consumidores. Assim, nos próximos dias, a Fiat vai atualizar os produtos de forma a abranger novos comportamentos de direção de seus clientes.”. Assim, é possível esperar algumas mudanças no gerenciamento do sistema híbrido de Pulse e Fastback. Enquanto isso não ocorre, os veículos podem ser usados normalmente, visto que haverá apenas um consumo maior de combustível.