Texto: Marcos Camargo

Em vários países da América Latina como México, Chile, Colômbia, Bolívia entre outros há uma picape com visual bem familiar para nós no Brasil. Trata-se da RAM 700, um rebadge (jargão para um veículo que é vendido por outra marca apenas com troca de emblemas) da Fiat Strada brasileira, feito em Betim para exportação.

 

 

As fotos que ilustram essa reportagem mostram como a Strada, ou melhor, a RAM 700 é comercializada no Chile onde o mercado de picapes é bem vasto ainda que seja um mercado pequeno. Com grade inspirada nos modelos maiores da divisão de picapes, mudam os emblemas, alguns comandos mas não restam dúvidas de que se trata da Fiat Strada.

A mecânica, claro, é a mesma da Strada tanto na versão aspirada como turbo T200. No caso dessa RAM para o mercado chileno é o motor 1.3 Firefly que bebe apenas a gasolina com 99 cv de potência e 13 kgfm de torque combinado com automático CVT com sete marchas simuladas. O conjunto mecânico, o câmbio e a produção são concentrados em Betim/Mg. Mas porque a Stellantis não vende a Ram 700 por aqui?

 

 

Por que não vendida no Brasil

 

A Ram cresceu muito no Brasil e lidera o segmento de picapes de luxo. Desde a 1500, passando pela 2500 e 3500 (recentemente renovadas), a Ram só ganhou um produto popular há menos de dois anos que é a Rampage. Como a marca sempre construiu uma imagem de luxo, a Stellantis não vê sentido em uma popularização. Esse posicionamento é distinto da Ram argentina, chilena ou mexicana. Nestes países as picapes de entrada da linha ProMaster por exemplo são um sucesso.

 

 

Assim, no Brasil, a Fiat sempre teve presença forte na linha de veículos comerciais desde 1978 com a picape derivada do 147, depois do Uno e do Palio em uma linhagem que faz sucesso até hoje. Assim, não faria sentido oferecer uma picape da marca que foi construída por aqui com intuito de vender a imagem de luxo e sofisticação da linha RAM. Por enquanto, não temos nem previsão de receber a Ram 700 no país.

 

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