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O Gelly GC2 mede 3,59 m de comprimento

Os chineses continuam sua ofensiva no Brasil, a terra das oportunidades. A marca chinesa Geely — que iniciou suas atividades por aqui no ano passado — está lançando o segundo modelo, agora no segmento dos compactos. O GC2 custará R$ 29.900 e vem bem equipado, com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, airbag frontal duplo, faróis de neblina, sensor de estacionamento, sistema Isofix entre outros itens. O motor é 1.0 tricilíndrico, movido a gasolina.

Para muitos consumidores, ser abastecido apenas com gasolina é uma falha grave, ainda mais para um automóvel nessa faixa de preço, cujos rivais também bebem etanol. Mas o motor flex está a caminho, segundo o presidente da Geely do Brasil, Ivan Fonseca e Silva: “Ele já se encontra em fase de homologação e deverá equipar o GC2 a partir de janeiro”, afirma. No entanto, será que o interessado em comprar um compacto, sem abrir mão do motor bicombustível, não vai preferir, então, esperar mais um pouco ou optar por um representante de outra fabricante?

O motor 1.0 de 3 cilindros gera 68 cv de potência

Ocorre que a Gelly tem pressa no mercado brasileiro e acredita no potencial do país. Em 2015, mais duas novidades deverão se somar ao GC2 e ao sedã EC7, que já circula em nossas ruas e que, em breve, ganhará câmbio automático: o GX2, versão aventureira do GC2 e o sport utility EX7. O SUV quer medir forças com outros modelos chineses Lifan X60 e JAC T4, que ainda não estreou. Até mesmo a instalação de uma fábrica no Brasil não está descartada, se bem que essa possibilidade depende diretamente da ardilosa política econômica (ou falta dela) no país após as eleições presidenciais, conforme ressaltou Ivan Fonseca e Silva.

Assim, a montagem do GC2 segue na empresa Nordex, localizada em Montevidéu. Foi nas ruas da capital uruguaia, aliás, que o avaliamos em um percurso curto, em sua maior parte na bela Rambla Mahatma Ghandi. Com 3.59 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,46 m de altura e entre-eixos de 2,34 m, ele, de cara, aparenta ser um carro apertado. Dependendo do porte físico de cada um, motorista e passageiro ficam “colados” um no outro. No banco traseiro, um ocupante com estatura de cerca de 1,80 m fica com as pernas encolhidas e a cabeça raspando no teto. Mas, justiça seja feita, não se deve esperar espaço de uma sala de estar em um modelo desse segmento.

Até porque, em comparação a alguns concorrentes, ele tem um “empate técnico” com a maioria. Vejamos: o Fiat Uno mede 3,71 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,48 m de altura e 2,37 de entre-eixos. Os números do VW up!, respectivamente, são: 3,60 m, 1.64 m, 1,50 m e 2,42 m. Nissan New March: 3,52 m, 1,67 m. 1,62 m e 2,45 m. JAC J2: 3,53 m, 1,64 m, 1,47 m e 2,39 m. Chery QQ: 3,55 m, 1,49 m, 1,48 m e 2,34 m. 

O compacto é bem equipado, mas seu interior passa a sensação de aperto

Achei o motor 1.0 — que desenvolve 68 cv de potência a 6.000 rpm — um pouco áspero. O câmbio, por sua vez, fez as trocas de forma precisa e suave. O visual, revela a Geely, foi inspirado no urso Panda, animal muito popular na China. A dianteira arredondada e a lanterna traseira (que tem a forma de uma pegada do Panda) reforçam essa teoria.

Na traseira, a lanterna lembra a pegada de um urso Panda

Um dos grandes desafios da Geely é não ter sua imagem arranhada pela falta de peças de reposição na hora da manutenção do carro, o que ainda é um temor para os donos de modelos chineses. “Precisamos cuidar da logística a fim de ter um ótimo estoque. Além disso, o processo de escolha de grupos qualificados para ser nossos concessionários deve ser rigoroso”, diz Fonseca. No curto prazo, a marca pretende ter de 25 a 30 concessionários. Enquanto isso não acontece, o presidente garante. “Se um morador da Bahia quiser comprar um GC2, faremos com que o carro chegue até ele.”

 

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