Não é comum iniciar um texto de avaliação pelas características ruins de um automóvel, mas, por conta da pequena quantidade delas no novo Audi TTS Roadster, vamos abrir uma exceção desta vez.
Como ocorre na versão convencional conversível (a TT Roadster), o teto de lona tem isolamento acústico ruim, principalmente na região da coluna central. Assim, além de ela atrapalhar a visibilidade, permite que o ruído externo invada a cabine. E as rodas de 19” com pneus de perfil baixo não favorecem o conforto e nem o trabalho da suspensão nas esburacadas vias brasileiras.
Pronto, agora podemos dedicar mais espaço ao que realmente importa: o quanto de diversão que a versão sem teto do mais rápido Audi TT vendido no Brasil oferece.
ÓPERA A CÉU ABERTO
O divertido ronco pontuado por estampidos provocados pelo gerenciamento eletrônico do motor 2.0 turbo ficou ainda mais vigoroso com os 56 cv e dois escapes extras do TTS. Até dá para andar no modo “silencioso”, mas um conversível (amarelo, na unidade avaliada) não é exatamente um veículo adequado para quem busca discrição.
Além de ser mais potente e 1s3 mais rápido em nossa prova de 0 a 100 km/h, esse TTS adiciona a tração integral quattro que falta na versão “normal” oferecida no Brasil. O sistema lida melhor com os 286 cv e 38,7 mkgf, e o ESC quase não entra em ação, mesmo em uso intenso.
A suspensão independente usa amortecedores reológicos para oferecer dois modos de absorção: Comfort e Sport. Mas poderiam traduzir para “duro” e “muito duro”. Nada mais natural em um esportivo de dois lugares que parte de
R$ 319.990. O valor é R$ 53.000 acima do TT Roadster convencional e adiciona ao pacote que tem sistema multimídia com microfones no cinto de segurança (para captar melhor o aúdio com a capota abaixada) som Bang & Olufsen, câmera de ré e chave presencial.
Mesmo sendo um esportivo “puro sangue”, este Audi é surpreendentemente confortável para um TT, e, especialmente, um “S”. Assim, mantenha-se longe de buracos profundos e valetas para ter em troca um dos conversíveis apimentados mais divertidos do mercado, ainda mais diante dos veteranos concorrentes BMW Z4 e
Mercedes-Benz SLC.
- NOSSAS MEDIÇÕES
ACELERAÇÃO em segundos | |
0-40 km/h (m) | 1,4 (8,4) |
0-60 km/h (m) | 2,5 (22,5) |
0-80 km/h (m) | 3,6 (44,7) |
0-100 km/h (m) | 5,1 (82) |
0-120 km/h (m) | 6,8 (136,3) |
0-140 km/h (m) | 9 (216,1) |
0-160 km/h (m) | 11,7 (327,9) |
0-180 km/h (m) | 15,3 (496,5) |
0-200 km/h (m) | 19,8 (734,9) |
0-400 m (km/h) | 13,3 (169,2) |
0-1000 m (km/h) | 24,4 (215,4) |
RETOMADA | |
40-100 km/h em Drive | 4,9 |
60-120 km/h em Drive | 4,9 |
80-120 km/h em Drive | 3,3 |
FRENAGEM EM METROS | |
60-0 km/h | 12,6 |
80-0 km/h | 21,8 |
100-0 km/h | 33,6 |
120-0 km/h | 46,9 |
140-0 km/h | 61,6 |
160-0 km/h | 79,2 |
180-0 km/h | 105,2 |
200-0 km/h | 142,9 |
a 100 km/h frio (vazio) | 36,7 |
a 100 km/h frio (carregado) | 34,9 |
a 100 km/h quente (carregado) | 34,3 |
- DADOS DE FÁBRICA
Velocidade máxima | 250 |
Motor disposição/número de válvulas | L4, diant., trans., turbo/16V |
Cilindrada (cm³) | 1.984 |
Potência (cv) | 286 (g) a 5.000 rpm |
Torque (mkgf) | 38,7 (g) a 1.800 rpm |
Câmbio | Robot., dp. embreag., 7 marchas |
Suspensão (dianteira/traseira) | McPherson/multibraço |
Peso vazio/cap. max de carga (kg) | 1.450/320 |
Diâmetro de giro (m) (esq./dir.) | 11 |
Porta-malas (litros) | 280 |
Tanque de combustível (litros) | 55 |
Pneus (veículo testado) | Hankook Ventus 245/35 R19 |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4.191/1.832/1.345 |
Entre-eixos (mm) | 2.505 |
CONSUMO em km/l de gasolina | |
Consumo cidade | 7,7 |
Consumo estrada | 11,7 |
Consumo médio (PECO) | 9,5 |
Autonomia em km | 522 |