Shell Super - fevereiro

Geely GC2

A Geely mostrou que está no caminho certo com o sedã EC7, que oferece bom espaço e nível de consumo mais que razoável. Com o compacto GC2, porém, a fabricante não conseguiu o mesmo resultado. O carrinho até possui um bom número de equipamentos de série (como já é de praxe nos modelos importados da China), incluindo ar-condicionado, direção hidráulica, sensor de estacionamento, rádio, sistema Isofix e ajuste de altura do volante, entre outros.

O compacto da Geely só acomoda 205 l no bagageiro. A tampa do compartimento é de vidro

Mas o motor 1.0 a gasolina de apenas 68 cv não empolga. A aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, foi feita em 19s1, marca ruim para um veículo relativamente leve (973 kg). Além de não estar alinhado com os concorrentes com motor tricilíndricos, como o Hyundai HB20 (80cv), VW up! (82 cv) e Ford Ka (85 cv) — que ainda são flex — o Geely GC2 também perde na comparação com o conterrâneo Chery QQ, que custa R$ 7.000 a menos.

O quadro de instrumentos é mal posicionado, e os bancos são desconfortáveis em viagens

Voltando ao teste, a retomada de 60 km/h a 120 km/h em 4ª marcha foi feita em 25s7. Ou seja, o proprietário de um GC2 não poderá ter preguiça na hora de utilizar o câmbio. E, no caso de uma ultrapassagem, é melhor desligar o ar-condicionado antes, para garantir que toda a potência disponível seja usada na manobra.

Mas esse Geely também merece elogios, e o principal vai para o consumo de combustível. Para se ter ideia, o GC2 conseguiu registrar bons 13,3 km/l em circuito urbano e 19,9 km/l no trajeto rodoviário, o que lhe permitiu obter uma rara média PECO nota 10. Pena que a crítica favorável se limite a isso.

O motor de apenas 68 cv não ajudou o Geely a se sair bem  nos testes

Por dentro, o modelo exibe um aspecto de fragilidade, reforçado pelos bancos finos e desconfortáveis. A posição de dirigir também não é das melhores, obrigando o motorista a ficar distante do volante e muito próximo dos pedais. Menos mal que o acionamento da embreagem não é macio demais, como em outros chineses. Por fim, o quadro de instrumentos deveria ser mais bem posicionado e acabado, pois parece “torto” em relação à posição do condutor. Tudo isso poderia ser relativizado se o Geely GC2 fosse um carrinho barato, pelo menos, mas, por R$ 30.900, até a sua competitividade deixa a desejar.

Dados de fábrica

Motor disposição/número de válvulas: Diant., transv/12V
Cilindrada (cm³): 997
Potência (cv): 68 (G) a 6.000 rpm
Torque (mkgf): 8,9 (G) a 3.600 rpm
Câmbio: Manual, 5 marchas
Suspensão (dianteira/traseira): McPherson/eixo de torção
Peso vazio/cap. máx. de carga (kg): 973/375
Diâmetro de giro (m) (esq./dir.): 9,5
Porta-malas (litros): 205
Tanque de combustível (litros): 35
Pneus (veículo testado): GoodRide 175/65 R14
Comprimento/largura/altura (mm): 3.598/1.630/1.465
Entre-eixos (mm): 2.340

Nossas medições

0-60 km/h (m): 7,2 (73,7)
0-80 km/h (m): 11,9 (167,5)
0-100 km/h (m): 19,1 (148,2)
0-120 km/h (m): 30,3 (694,3)

Retomada

40-100 km/h em 3ª marcha: 21s2
60-120 km/h em 4ª marcha: 25s7
80-120 km/h em 4ª marcha: 19s4

Consumo (em km/l de gasolina)

Consumo cidade: 13,3
Consumo estrada: 19,9
Consumo médio (PECO): 16,2
Autonomia em km: 567

Preço: R$ 30.900

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