Você já conferiu aqui no CARRO ONLINE o teste do Honda Fit LX equipado com câmbio manual de 5 marchas, que custa R$ 54.200. Desta vez, avaliamos a versão similar (LX), mas equipada com câmbio CVT (continuamente variável) que sai por R$ 58.800. O motor, é bom lembrar, é o mesmo 1.5 de 116 cv e 19,5 mkgf com etanol.
E, como são modelos similares, exceto pelo câmbio, a lista de equipamentos de série é a mesma, com direção com assistência elétrica, rádio, rodas de liga leve de 15”, bancos de tecido e ar-condicionado. “Os modelos com câmbio CVT serão responsáveis por 75% das vendas do Fit”, disse Alfredo Guedes, supervisor de relações institucionais da Honda do Brasil, sendo que a versão avaliada responderá por 49% do total.
A caixa permite ao hatch ser mais econômico, em relação ao modelo manual. Em nossos testes, o consumo médio foi cerca de 1 litro (de etanol) menor que o do Fit com câmbio manual. Em ciclo rodoviário, a marca foi até maior (embora pouca coisa): 11,8 km/l para o CVT e 10,7 km/l para a versão manual.
Mas, em desempenho, o Fit com caixa manual ainda se mostrou imbatível. A aceleração de 0 a 100 km/h foi praticamente a mesma entre os dois: 10s6 para o automático e 10s3 para o manual. Contudo, nas demais velocidades, o modelo com CVT ficou para trás. De 0 a 40 km/h, por exemplo, o manual foi 0s8 mais rápido, assim como na arrancada de 0 a 160 km/h, onde a diferença foi ainda maior (2s). Importante: vale ressaltar que a diferença de peso entre as versões é de apenas 20 kg — de acordo com a própria fabricante —, ou seja, muito pouco para justificar o maior tempo necessário para o carro com CVT cumprir as mesmas provas.
O troco do Fit LX com câmbio CVT ocorreu nas retomadas de velocidade, como era de se esperar. Na prova de 60 km/h a 120 km/h, o veículo foi 4s4 mais rápido que o rival (10s6 contra 15s). Já na retomada de 80 km/h a 120 km/h a diferença diminuiu para 1s9 (7s6 do carro com CVT contra 9s5 do manual).
O Fit com caixa continuamente variável também se mostrou mais silencioso que o equipado com câmbio manual, mas com uma diferença ínfima (1,7 dB na média). A marca registrada é pequena, mas a sensação de conforto acústico é maior, já que o CVT permite ao motor trabalhar sempre na rotação mais adequada.
Resumindo, o Honda Fit LX CVT é uma opção mais cara, mas o conforto proporcionado pelo câmbio vale a pena. Além disso, o sistema também ajuda a obter um menor consumo de combustível. Por tudo isso, se você pode, invista os R$ 4.600 a mais no carro. No primeiro congestionamento, você vai agradecer.