Três anos após sua estreia no Brasil, o Range Roger ganha uma versão a diesel no mercado nacional. O SUV compacto premium da marca britânica chega exibindo os mais recentes retoques visuais que a gama recebeu no exterior, além do novo câmbio automático de 9 marchas.
Sob o capô, a nova configuração traz o mesmo motor que equipa o Land Rover Freelander2: o SD4 2.2 turbodiesel de 190 cv e 42,8 mkgf de torque. O “casamento” com a caixa automática é tão bom que o propulsor parece não fazer o mínimo esforço na hora de impulsionar o SUV.
Ao dotar o modelo com um câmbio com tantas marchas, o objetivo da Land Rover é priorizar a economia de combustível, ainda mais em um modelo movido a diesel. E, na prática, foi o que se observou. Em velocidade constante e em rodovias, o ponteiro do conta-giros permaneceu próximo de 2.000 rpm (rodando a 120 km/h, em média). O resultado foi a boa média de 16,9 km/l que, associada à capacidade do tanque (60 litros), permite a esse Range Rover rodar 1.014 km sem reabastecer.
O melhor é que na cidade o SUV também apresentou um desempenho elogiável. Num percurso de 24 km na capital paulista, com muitos trechos de trânsito pesado, o modelo obteve a média expressiva de 12,9 km/l.
O trabalho do câmbio se mostrou impecável no quesito conforto, pois as trocas ocorrem sempre de maneira suave e aos 90 km/h o veículo já trafega em 8ª marcha. Em situações como ultrapassagens ou aclives, o câmbio aproveita melhor as marchas e a partir de 2.000 rpm o acionamento do turbo é percebido pelo pequeno salto que o carro dá. Nada, porém, que possa incomodar.
Na versão Prestige Tech avaliada, o Evoque conta com uma função esportiva no sistema Terrain Response, que ajusta a suspensão e a assistência da direção e, juntamente com o modo Sport do câmbio, proporcionam mais estabilidade, agilidade e controle sobre o carro.
Mas, apesar do estilo mais ousado, é bom lembrar que o Evoque é um SUV. Assim, embora o modelo seja capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 10s5, ele não tem pretensões esportivas. O Range Rover a diesel é um modelo projetado para priorizar o conforto (embora a suspensão deixe a desejar na absorção das imperfeições das vias, produzindo batidas secas).
Nesta configuração, o Evoque a diesel traz uma lista generosa de equipamentos, incluindo o sistema de som com 17 alto-falantes e subwoofer, sistema de câmeras e sensores que exibem imagens em 360º do carro, central multimídia com TV digital e duas telas independentes para os passageiros de trás, e acionamento elétrico da tampa do porta-malas.
Média final técnica: 8,0
Dados de fábrica
Velocidade máxima (km/h): 195
Motor disposição/número de válvulas: diant., trans., turbodiesel/16V
Cilindrada (cm³): 2.179
Potência (cv): 190 (D) a 3.500 rpm
Torque (mkgf): 42,8 (D) a 1.750 rpm
Câmbio: automático, 9 marchas
Suspensão (dianteira/traseira): indepentende/multibraço
Peso vazio/cap. máx. de carga (kg): 1.685/500
Diâmetro de giro (m) (esq./dir.): 11,3
Porta-malas (litros): 575
Tanque de combustível (litros): 60
Pneus (veículo testado): Pirelli Scorpion 245/45 R20
Comprimento/largura/altura (mm): 4.355/1.985/1.635
Entre-eixos (mm): 2.660
Consumo em km/l de diesel
Consumo cidade: 12,9
Consumo estrada: 16,9
Consumo médio (PECO): 14,7
Autonomia em km: 882
Nossas medições
0-60 km/h (m): 4,6 (40,3)
0-80 km/h (m): 7,1 (89,2)
0-100 km/h (m): 10,5 (173,7)
0-120 km/h (m): 15,8 (337,1)
Retomadas
40-100 km/h em Drive: 8s8
60-120 km/h em Drive: 10s9
80-120 km/h em Drive: 8s7