Já com três anos de mercado e ainda com boa aceitação, a Chevrolet lança neste mês  uma leve atualização para manter o Cruze “vivo” frente aos clientes de Honda Civic e Toyota Corolla, os líderes do segmento. 
Por fora, como você pode perceber nas fotos, as novidades foram concentradas na dianteira. Segundo pesquisas junto aos clientes, a GM do Brasil constatou que eles sentiam uma certa falta de requinte ao olhar o Cruze de frente. 

Para atender o pedido, a marca seguiu a receita aplicada nos EUA e trouxe para o Brasil uma nova grade frontal e incorporou luzes diurnas de LEDs no para-choque. Além disso, as rodas de liga leve foram redesenhadas, e duas novas cores para a carroceria, a perolizada branco Vintage e a metálica cinza Aztec, se juntaram à paleta.  

Surtiu efeito? Bom… Não dá para dizer que o Cruze virou um Rolls-Royce, mas o resultado geral agrada, e o novo visual mostra-se proporcional em relação ao restante do carro. Já por dentro, o Cruze 2015 passa a contar com revestimento de couro bicolor na versão topo de linha LTZ. Bancos, portas e painel são revestidos na tonalidade Browstone (marrom) ou Jet Black (preto).  

Boa parte das novidades do sedã, contudo, estão onde os olhos não enxergam. O motor segue o 1.8 16V, porém as respostas do acelerador ficaram levemente mais progressivas (segundo a GM este foi mais um pedido dos clientes). O importante mesmo é a estreia da nova geração do câmbio automático sequencial de 6 marchas, que passa a ser chamada de GF6-2 e agora conta com uma embreagem no conversor de torque. 

A solução, segundo a fabricante, reduziu em 50% o tempo das trocas de marcha, e agora o câmbio é capaz de fazer reduções duplas e triplas. A Chevrolet também alega uma economia de 2% no consumo, porém não foi o que notamos, uma vez que a média Peco do Cruze 2015 foi praticamente a mesma da unidade testada por nós em 2011. O mesmo ocorreu com os números de desempenho, praticamente um empate.  

Ao volante, porém, é nítido como a caixa está mais ágil e o câmbio sabe comportar-se muito bem de acordo com a situação, migrando sem conflitos entre conforto e esportividade. Já para o Cruze manual, também de 6 marchas, o único aprimoramento no que diz respeito à caixa é o aviso para troca de marchas no painel. 

A suspensão, em especial a traseira, nos pareceu mais suave durante a avaliação. A equipe de engenharia da marca, entretanto, adianta que nada foi alterado em relação ao Cruze anterior. A direção com respostas rápidas, um item que sempre agradou no Cruze, segue inalterada e provoca um sorriso no rosto de quem prefere um carro mais arisco. E, assim o Cruze entra em 2015 à espera da próxima geração. 

NOSSAS MEDIÇÕES

Aceleração 0-100 km/h: 11s7
Retomada 60-120 km/h em Drive: 11s4
Frenagem 80 a 0 km/h (m): 23,9 
Consumo cidade com etanol (km/l): 6,0
Consumo estrada com etanol (km/l): 10,1 
Ruído a 120 km/h em 5º marcha (dB): 68 

SEU BOLSO

Preço (versão avaliada): R$ 87.000 (estimado)
IPVA (4%): R$ 3.480
Seguro: R$ 3.500 (estimado)

FICHA TÉCNICA

Motor 4 cilindros, dianteiro, transversal, 16V; Cilindrada 1.796 cm3; Potência 144 cv a 6.300 rpm; Torque 18,9 mkgf a 3.800 rpm; Câmbio automático, 6 marchas; Tração dianteira; Rodas liga leve, 17”; Comprimento 4,60 m; Largura 1,79 m; Altura 1,47 m; Entre-eixos 2,68 m; Suspensão dianteira McPherson; Suspensão traseira eixo de torção; Peso 1.427 kg 

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