Antes mesmo do facelift, ela já poderia ser considerado a mais elegante minivan do mercado brasileiro. E não foi necessário muito esforço para a JAC confirmar essa posição, pois, no momento, não há muito o que esperar das concorrentes do J6: Nissan Grand Livina, Chevrolet Spin e Fiat Doblò.

O slogan “seu mundo cabe nele” é um pouco pretencioso, é verdade, mas o J6 carrega muita bagagem mesmo. Ou pelo menos muitas pessoas, e de maneira decente.

Os novos faróis, grade e lanternas tornaram a minivan mais interessante, mas por dentro a revolução foi ainda mais empolgante. Além de ter deixado de lado os extravagantes comandos prateados do rádio, volante e manopla de câmbio, o painel agora tem desenho mais agressivo e porta-objetos mais bem aproveitáveis.

Com um volante bem parecido com o que a GM adotou na atual geração de seus veículos, o J6 ficou mais prazeroso de guiar, a despeito dos pedais, que continuam muito macios. Outro ponto negativo é quando se vai ajustar a altura do volante. Dependendo da posição do banco do motorista, não é possível ver os comandos de mudança de direção ligados, além de ter números muito pequenos no painel.

Consegui transportar sete pessoas com bastante espaço, sobrando ainda 198 litros para mochilas no porta-malas que resta quando a terceira fileira de bancos está sendo usada. O problema é que o motor 2.0 de 136 cv deixa a desejar nas ultrapassagens. E 19,1 mkgf de torque não são suficientes para o peso de 1.500 kg e mais sete adultos.

Para quem vai lá atrás, na última fileira, há 21 cm de espaço para as pernas. Na Chevrolet Spin, por exemplo, esse espaço é de 19 cm e na Grand Livina é de 16 cm. O J6 só perde para o Doblò, que tem 22 cm.

Uma das novidades da nova geração é o TPMS, monitoramento da pressão dos pneus, que informa se eles estão 25% acima ou abaixo da calibragem ideal.

Por ter motor só a gasolina, as médias na cidade e estrada foram razoáveis: 9,6 km/l em perímetro urbano e 11,3 km/l no rodoviário. O que o deixa atrás dos concorrentes é a aceleração de 0 a 100 km/h, que só foi atingida depois de 13s1, enquanto a Chevrolet Spin LT e Nissan Grand Livina fizeram o mesmo teste em 11s7.

 

Conclusão: 6,6

Se você precisa de um carro para sete pessoas, confortável e com ótima visibilidade, o J6 é uma boa opção. Principalmente pelos seis anos de garantia. Mas os R$ 428 são muito caros para a primeira revisão. E ainda falta fôlego para o 2.0. – Vinícius Montoia

 

Seu Bolso

Preço (carro testado)     R$ 59.990
Desvalorização (1 ano)     n/a
Garantia     6 anos 
Financiamento (taxa mensal)     1,6% 
Parcela (50% de entrada + saldo em 36x)     R$ 1.200 
IPVA (4%)     R$ 2.400 
Seguro     R$ 2.128
1ª revisão     R$ 428 
Versão básica     R$ 57.990

 

Nossas medições:

Aceleração 0-100 km/h     13s1
Retomada 60-120 km/h em 4ª     15s5
Frenagem 80 a 0 km/h (m)    25,8
Consumo cidade (km/l)    9,6
Consumo estrada (km/l)    11,3
Ruído a 120 km/h em 5ª (dB)    67,9 dB

Dados da fabricante

Motor 4 cilindros, dianteiro, longitudinal, gasolina; Cilindrada 1 997 cm3; Potência 136 cv a 5 500; Torque 19,1 mkgf a 4 000 rpm; Câmbio manual, 5 marchas; Tração dianteira; Comprimento 4,55 m; Largura 1,77m; Altura 1,66 m; Entre-eixos: 2,71 m; Porta-malas: 720 l; Peso 1 500 kg.

 

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