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Sedã com acabamento esportivo segue com motor 1.6, assim como picape mantém propulsor 2.3 litros biturbo e ganha novos detalhes estéticos

Recentemente a Nissan lançou a linha 2025 do Nissan Versa SR, já avaliado pela Revista Carro, e da Nissan Frontier Attack. Contudo, diferente das outras avaliações, desta vez saímos da capital paulista até Campos do Jordão, sendo que na ida guiamos o sedã compacto e na volta a picape média. De cara é possível notar que os dois modelos têm desenhos conservadores e motorizações já conhecidas. Inclusive, quem quiser se aprofundar tecnicamente, basta acessar a Revista O Mecânico, que já fez um Raio X dos dois modelos.

Ida para Campos do Jordão

Na ida para Campos do Jordão fomos com o Nissan Versa SR, lançado no começo do ano. Nova versão, que fica abaixo da Exclusive CVT, traz acabamento esportivo presente na grade frontal e detalhes na traseira, bem como retrovisores externos na cor preta, rodas de liga leve de 16 polegadas com acabamento metálico e defletor de ar na tampa de porta-malas.  Por dentro, também conta com detalhes esportivos nas costuras, só que mantém a central multimídia de 7 polegadas e painel mesclando digital de 7 polegadas com velocímetro analógico. E aqui, vai a primeira crítica ao modelo, uma vez que na era das “telonas” o sedã da Nissan deixa a desejar com pequenas telas, embora o cluster tenha bons grafismos e a multimídia conecte bem o smartphone. Ademais, há uma câmera de 360 graus, só que com baixa resolução de imagem.

Em relação à mecânica, a Nissan manteve o Versa SR, que é importado do México, com motor 1.6 litro, que entrega até 113 cv e 15,3 kgfm de torque combinado com transmissão automática do tipo CVT, que já foi desmontada e montada pela Revista O Mecânico. Dito isso, esse motor não vai entregar a potência de modelos turbo vendidos no Brasil, só que vai entregar a confiabilidade e robustez. Por isso, não espere retomadas rigorosas ou saídas fortes, uma vez que é um modelo, mesmo que esportivo, que preza pelo conforto, presente nos bancos Zero Gravity.

Durante os 222 km de São Paulo até Campos do Jordão, o Nissan Versa SR fez uma média de 8,5 km/l no etanol, que é abaixo do divulgado pelo Inmetro, que diz que o consumo combinado na casa dos 9,5 km/l. Já na gasolina os dados são de 14 km/l.

Conclusão: o Nissan Versa SR é um bom sedã para quem procura confiabilidade e robustez de uma mecânica já consagrada no mercado nacional. Falta os sistemas ADAs, presentes na versão topo de linha, só que mesmo assim conta com bons itens como detector de objetos em movimento, alerta de colisão frontal, assistente inteligente de frenagem, alerta de cinto de segurança destravado, partida em rampa, entradas de USB e USB tipo C, entre outras. Agora, quem procura um sedã com mais vigor na aceleração e mais moderno na conectividade o Nissan Versa SR não será uma boa escolha. O preço da versão SR é de R$ 125.190, já da configuração Exclusive sai por R$ 133.490. O modelo parte de R$ 111.690.

Volta para São Paulo

Na volta trocamos o Nissan Versa SR pela Frontier Attack, que sai por R$ 266.590 e é uma das seis versões da picape média da marca japonesa. Para linha 2025 a Nissan Frontier Attack recebeu nova pintura em azul Cayman, adesivo preto no capô, para-choque frontal com novos adesivos, alargador de para-lamas, novos adesivos nas portas e caçamba, para-choque traseiro com acabamento em preto e novo detalhe escurecido com prata no volante.

Assim como o sedã, picape média tem linhas conservadoras por fora e, também, por dentro, uma vez que traz um amplo painel em plástico, bem como painel de instrumentos de 7 polegadas em TFT, que mescla com conta-giros e velocímetros analógicos e uma multimídia de 8 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay. Aqui, leitor, também é um ponto a se melhorar, uma vez que rivais como S10, renovada recentemente, e Ford Ranger contam com telas com maior resolução.

Sob o capô, a Nissan manteve o tradicional motor 2.3 biturbo de até 190 cv 45,9 kgfm de torque combinado com transmissão automática de sete velocidades, que não é a Xtronic CVT do Versa, Kicks e Sentra. Não testamos a capacidade off-road da picape em terrenos acidentados, apenas em asfalto. Desta forma, é possível dizer que há um bom conforto para passageiros e motoristas, que tem uma boa posição ao dirigir. Também é preciso ter paciência nas arrancadas e retomadas, só que em velocidade a partir de 80 km/h a picape consegue deslanchar sem dificuldades.

Conclusão: a Nissan Frontier, que chegou a fazer uma média de consumo de 10,5 km/l, é uma picape com para quem busca robustez e conforto com tração nas quatro rodas, uma vez que há suspensão independente com braços sobrepostos na dianteira e eixo rígido na traseira com Multilink. A capacidade de carga é de até 1027 kg e a de reboque é de 750 kg. Também conta com controle de tração e estabilidade, faróis dianteiro diurnos, barra de teto, santantônio tubular, estribos laterais, seis airbags, rodas de liga leve de 17 polegadas, entre outros.

Todavia, quem procura uma picape média com visual mais moderno e motorização mais potente a Frontier não será uma boa opção. Os preços da Nissan Frontier ficam entre R$ 242.790 e R$ 307.990.

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