A Audi apresentou na última quinta-feira (28) a nova geração do SUV grande Q7, que chega ao mercado com desenho renovado e novos itens de série. As mudanças são para deixar o carro mais atraente para seu público-alvo, segundo a montadora. Trata-se de uma pequena parcela da sociedade, pois o Q7 custa R$ 399.990 e, com todos os opcionais, pode passar dos R$ 500 mil.

Audi lança segunda geração do Q7 no Brasil

O visual do Q7 ficou mais agressivo, mas sem perder a classe. A dianteira traz novos faróis de xenônio, grade trapezoidal redesenhada, assim como o parachoque e as entradas de ar. A lateral conta com novos vincos e saia. Já a traseira chega com novas saídas de escapamento, lanternas, parachoque e tampa do porta-malas redesenhados. As mudanças no desenho impactaram a carroceria e ajudaram a reduzir o peso do Q7 em 325 kg.

Internamente o Q7 traz diversas mudanças e muitas tecnologias embarcadas. O painel vem equipado com o cockpit virtual, com tela de 12,3 polegadas, com informações de trânsito e do carro. Além disso, o motorista pode usar o head-up display (HUD) para acompanhar outras informações, como dados do GPS, projetadas no parabrisa à frente do volante.

O ar-condicionado é automático e digital de quatro zonas, sendo que as saídas de ar para motorista e passageiro estão presentes em toda a extensão do painel. Os bancos dianteiros contam com regulagem elétrica e são muito confortáveis.

O Q7 será vendido no Brasil apenas na versão Ambition

O kit multimídia usa tela de 8,3 polegadas, mas não é sensível ao toque: é controlado por um “mouse” tipo touchpad, instalado na frente da alavanca de câmbio; seu uso não é tão simples quanto o de uma tela tátil. A nova geração do Q7 também permite que o motorista espelhe seu celular Apple ou Android na tela do multimídia. Para o som são 19 auto-falantes, com função 3D.

O Q7 possui diversos equipamentos que auxiliam a condução, como o assistente de atenção, que emite um som de alerta ao detectar que o motorista está apresentando sinais de distração ou cansaço. Outros itens de série são: assistente de parada, limitador de velocidade ajustável, sistema de estacionamento traseiro, sistema que aciona as luzes de freio quando há um carro muito perto da traseira, alertando para ele reduzir a velocidade, e sistema de segurança que, ao detectar uma situação de risco, toma algumas medidas, como fechar os vidros e o teto solar, reduzindo os danos aos ocupantes em caso de acidente.

Interior do Q7 equipado com cockpit virtual

Além desses itens de série, a Audi oferece o pacote Side Assist, com diversos opcionais de segurança, como o reconhecimento de carros no ponto cego com alerta visual no retrovisor para avisar o motorista. Outro item é o sensor de colisão traseira (e não dianteira, como é comum em carros premium).

O Exit Warning Assist e o Assistente de Visão Noturna também fazem parte do pacote Side Assist. O primeiro avisa o motorista quando motos ou bicicletas estão passando enquanto o motorista pretende descer do carro, por meio de luzes instaladas na lateral das portas. O  segundo detecta animais e pessoas que o motorista não viu na písta, mostrando os corpos na tela do cockpit digital, além de piscar o farol alto para alertar quem está fora.

O Eixo Traseiro Dinâmico é outro sistema opcional, que acima de 60 km/h faz com que as rodas traseiras se inclinem da mesma forma que as dianteiras, e abaixo dessa velocidade faz movimento inverso, facilitando a vida do motorista em algumas manobras e passando mais segurança em curvas de alta velocidade. A suspensão adaptiva tem seis modos de regulagem e funciona de modo exemplar, mas é outro item opcional.

A tração é a integral Quattro, exclusiva da Audi, que numa condução normal distribui 40% da força no eixo dianteiro e 60% no traseiro, sendo que essa porcentagem pode ser alterada assim que o sistema perceber que é necessário — é possível fazer até alguns percursos off-road com o Q7, mas é melhor não abusar para não se complicar! 

A expectativa da Audi é vender 150 unidades por ano
Os bancos da terceira fileira (são sete lugares) ficam rebaixados e o acionamento deles é feito de maneira elétrica, sem gerar quase nenhum trabalho para o motorista, sendo que na versão anterior o trabalho era manual e um pouco complicado. O Start-stop 2.0 é uma versão mais moderna, que desliga o carro quando ele está abaixo de 7 km/h (e não só em paradas), fazendo com que a economia de combustível seja ainda maior. Estes dois itens são de série.

MOTOR E AVALIAÇÃO
Além de muita tecnologia embarcada, o novo Q7 traz um belo motor 3.0 V6 de 333 cv, acoplado a uma caixa de câmbio Tiptronic automática de oito velocidades. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 6s1.

Durante o lançamento, a CARRO ONLINE avaliou o Q7 equipado com todos os opcionais.

Motor do Q7 é um 3.0 de 333 cv

Ao entrarmos na rodovia Fernão Dias, saindo de São Paulo no sentido Atibaia, o carro mostrou toda sua força: bastou uma pequena acelerada para ele logo atingir a velocidade limite da via, que varia dependendo da região. O câmbio automático de oito marchas trabalha perfeitamente e o motorista quase não sente a troca de marcha. O Q7 oferece seis modos de condução, do mais eficiente ao mais esportivo. O isolamento acústico do carro em alta velocidade cumpre o seu papel. 

A direção elétrica fica mais rígida conforme a velocidade aumenta e transmite segurança ao motorista. A suspensão adaptativa a ar com seis modos ajuda a empreender uma viagem muito confortável.

Este lançamento é o primeiro passo da Audi para manter a liderança do segmento premium

Chegamos a Atibaia e partimos para um off-road de 10 km, até a chamada Pedra Grande, local que oferece um belo visual. Durante a “trilha” (afinal, era bem fácil) o Q7 foi bem, superando tranquilamente pequenos trechos alagados e algumas subidas de terra. O modo de condução off-road faz com que motorista e passageiros não sofram muito durante o trajeto.

MERCADO
A Audi foi líder do mercado premium no ano passado e espera manter esta colocação em 2016, mas aumentando o volume de vendas, sendo o Q7 a primeira arma da montadora para defender o seu posto. A expectativa da marca é vender 150 unidades por ano, o que é um número considerável para um carro tão caro.

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