Uma das coisas boas desta profissão de jornalista especializado em automóveis é poder participar dos lançamentos, rodando com os novos modelos em primeira mão. Inclusive em um evento internacional, como foi este do Koleos, SUV de luxo da Renault, que chega à segunda geração. Se você está em dúvida sobre a pronúncia, saiba que o certo é “Koleôs”. Mas quer apostar como, no Brasil, será chamado de “Koléos”?
COMO ELE É?
Trata-se de um SUV grande (segmento D), com preço a partir de R$ 160 mil. Só deveremos ter a versão mais sofisticada, 4×4, motor 2.5, 170 cv de potência e câmbio automático X-Tronic. A versão 2.0 não está nos planos para o nosso país. Com o motor a diesel já é outra história: a Renault estaria apenas resolvendo umas questões de regulamentação para poder importá-lo.
Só que a Renault ainda não confirmou oficialmente o Koleos para o Brasil. Claro que será importado! Caso contrário, por que levariam jornalistas brasileiros para Paris? E por que mostrariam o Koleos no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro?
O Koleos é produzido pela Samsung na Coréia do Sul. A Renault comprou em torno de 80% da marca sul-coreana na área de automóveis. A nova empresa foi criada em setembro de 2000, como RSM (Renault Samsung Motors). Ele ainda não foi lançado em nenhum país. Até o final do ano, será vendido na Ásia e na América Latina. O SUV não será comercializado na Europa, onde a Renault já fez uma série de lançamentos semelhantes, como Espace (minivan de luxo), Talisman, Megane perua e Kadjar.
OFF-ROAD NA FLORESTA
A primeira parte do programa foi rodar com o Koleos topo de gama. Tudo aconteceu no CERAM, um centro de treinamento do grupo Renault/Nissan localizado no meio de uma floresta nos arredores de Paris. Além do fora-de-estrada, havia também circuitos de velocidade e trechos que simulavam rodovias, inclusive com piso de “má qualidade” para avaliar a suspensão.
O Koleos é um carro sofisticado, com acabamento impecável, um desenho muito moderno e com muitos cuidados nos detalhes, como a iluminação ambiente das portas, que parece um discreto neon para auxiliar os ocupantes à noite. Mesmo assim, o SUV não faz feio no off-road, pois é bem alto e com bons ângulos de entrada e saída.
Colocando o câmbio em automático na posição M1, bastou acelerar com tudo para subir um ladeirão de areia com 45 graus de inclinação. Faltou o sistema HDC (Hill Descent Control) que, na descida, freia o carro sozinho (encontrado em alguns concorrentes).
PASSEIO BUCÓLICO POR VERSAILLES
A segunda etapa foi um roteiro de 163 km, com a mesma versão 2.5, em estradinhas escondidas entre plantações e atravessando vilas muito antigas e charmosas. Mas o início da rota foi pela histórica Versailles, tendo o palácio ao fundo. Magnífico, com seus acabamentos em dourado brilhando sob o sol.
O Koleos é um carro muito fácil de dirigir e transmite bastante segurança. Adorei o seu sistema multimídia, com uma tela enorme de quase 10 polegadas. Ali dá para controlar muitas funções. Por exemplo: quer fazer uma gentileza para o passageiro ao lado, que parece estar apertado? Basta acessar o banco dele na tela e fazer a regulagem, sem tocar no banco em si.
Outro recurso que achei o máximo: dá para personalizar as regulagens, deixando o carro sempre pronto para a pessoa que irá dirigir naquele momento. Até aí, OK. Tem um monte de carros que faz isso. O curioso no sistema da Renault é que aparece a foto de cada motorista, com todos os gostos dele, inclusive se prefere os bancos aquecidos ou refrigerados!
A viagem acabou às margens do rio Sena. Me despedi do Koleos e subi no barco da Renault. A bordo, em direção a Torre Eiffel, tomei uma taça de champanhe e curti Paris. Muito chique, né?
Viagem a convite da Renault do Brasil
