O Chevrolet Agile acaba de passar pelo seu primeiro facelift, quatro anos após ser lançado no Brasil. Junto do novo visual, composto por novas rodas, saias laterais, para-choques dianteiro e traseiro, faróis e lanternas e volante — que agora traz borboletas para trocas das marchas, desde que equipado com o câmbio robotizado Easytronic —, o Agile foi reposicionado no portfólio da marca: agora só é oferecido na versão topo de linha LTZ ou na nova série especial batizada “Effect”.
A edição limitada (equipada com o mesmo pacote da versão LTZ), possui retoques visuais com inspiração esportiva, como revestimento interno com detalhes em vermelho, teto pintado de preto, rodas aro 16”, adesivos na carroceria, faróis com máscara negra, entre outros itens.
Esportividade, aliás, foi um termo utilizado constantemente na apresentação do Agile 2014, e que não parece adequado para descrevê-lo. O modelo recebeu a segunda geração do câmbio F1X, com novas relações — o que aprimorou o desempenho, mas não é o suficiente para animar aqueles que apreciam uma condução mais vigorosa.
Embora a alavanca da caixa manual ofereça manuseio mais suave e preciso, a suspensão, os freios e o motor 1.4 EconoFlex (com 102 cv e 13,5 mkgf quando abastecido com etanol) permaneceram inalterados. Isso significa que, ao exigir mais desempenho nas curvas, os pneus 195/55 até mostram boa aderência, mas a suspensão limita o desempenho, permitindo muita inclinação da carroceria.
Na pista de testes, o novo câmbio permitiu ao Agile acelerar de 0 a 100 km/h em 11s5, contra 12s8 obtidos em nossa avaliação anterior. As retomadas também melhoraram: a prova de de 60 km/h a
100 km/h em 3ª marcha, realizada até então em 12s5, agora é feita em 11s4. Como o hatch só pôde ser testado na pista de testes, o consumo de combustível não pôde ser aferido.
Entre os principais itens de série do Agile LTZ Effect estão ar-condicionado, direção hidráulica, controlador de velocidade de cruzeiro, acendimento automático dos faróis, sistema de som com Bluetooth e entrada auxiliar, travas, espelhos retrovisores e vidros elétricos, além da carroceria com decoração esportiva. Nessa configuração, o modelo sai por R$ 44 940, preço que sobe para R$ 46 470 quando equipado com câmbio robotizado Easytronic.
Conclusão: 6,0
O novo câmbio melhorou o desempenho do Agile e a sensação ao dirigir: a caixa tem funcionamento suave e acionamento silencioso. O carro tem bom espaço interno, mas não encanta nem pela dirigibilidade nem pelo acabamento. – Márcio Murta
Aceleração 0-100 km/h 11s5
Retomada 60-120 km/h em 4ª 18s5
Frenagem 80 a 0 km/h (m) 26,9
Consumo cidade (km/l) n/a
Consumo estrada (km/l) n/a
Ruído a 120 km/h em 5ª (dB) 69,6 dB
Dados da fabricante
Motor 4 cilindros, dianteiro, longitudinal, flex; Cilindrada 1 389 cm3; Potência 102 cv a 6 000 (E); Torque 13,5 mkgf a 3 200 rpm (E); Câmbio manual, 5 marchas; Tração dianteira; Comprimento 3,99 m; Largura 1,68 m; Altura 1,53 m; Entre-eixos: 2,54 m; Porta-malas: 324 l; Peso 1 055 kg