A Renault não vai fabricar o compacto Kwid no Brasil no ano que vem. Há planos para nacionalizar o modelo, que foi projetado e será fabricado na Índia, e de fato ele pode substituir o Clio em nosso país após adaptações em relação ao modelo indiano. Mas isso não acontecerá em 2016.
CARRO ONLINE apurou que não procedem as especulações sobre uma quase imediata adoção do Kwid pela Renault do Brasil para, enfim, aposentar o Clio. Até por que, entre outros predicados, o veterano ainda é um dos carros mais eficientes (com menor consumo de combustível) oferecidos no Brasil, e seus resultados de venda não são nada desprezíveis.
A decisão de fabricar o Kwid por aqui é um pouco mais complexa do que parece. Ela envolve adotar a nova plataforma modular CMF, desenvolvida em conjunto por Renault e Nissan para modelos de vários portes e estreante no carrinho indiano. Sua implantação seria, necessariamente, o ponto de partida de novas gerações de produtos. É uma operação complexa.
“A estratégia da Renault para o Brasil é trabalhar somente com carros globais”, disse uma fonte a CARRO ONLINE. Isso significa que a chance de o Kwid “matar” o Clio é mesmo enorme, já que o compacto está em dessintonia com o restante da gama no Brasil: Sandero, Logan e Duster são todos construídos sobre uma mesma base (da Dacia, marca romena controlada pela francesa); e o sedã Fluence é um Samsung, sul-coreano, “global” no sentido de ser vendido em vários países asiáticos e partes da Europa.
A questão, portanto, é de datas. Dentro de dois anos, com seu visual de “Sanderinho” invocado (quase de mini-SUV), o Kwid deverá estar circulando em nossas ruas. Não surpreenderia se fosse apresentado no Salão de São Paulo de 2016.
Quanto ao motor, uma quase-certeza: será o 1.0 tricilindrico do Nissan March.