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Lançado em 1999, o Renault Clio conforme conhecemos finalmente morreu. O atestado de óbito foi dado nesta segunda-feira (10) por executivos da marca francesa, durante um encontro com jornalistas em São Paulo (SP). As últimas unidades do hatchback de entrada foram montadas na Argentina, de onde eram trazidas ao Brasil, no começo deste mês.

Quem se animar pode procurar os carros restantes nos estoques das concessionárias. Anunciado no site da Renault como “O popular que todo mundo ama”, o Clio ano-modelo 2016 parte de R$ 34.895 na versão única Expression, com motor 1.0 de 16 válvulas Hi-Power, capaz de gerar 77/80 cavalos de potência (g/e).

Renault Clio 2016: corre que ainda tem
O pacote inicial inclui quase nada: apenas a direção hidráulica e o desembaçador traseiro são dignos de menção. As rodas, de aço, são de 13 polegadas. Há kits de personalização visual, oferecidos como acessórios. 

Segundo dados da Fenabrave e do Renavam, foram emplacados este ano, até o final de setembro, 10.536 unidades do Clio no Brasil — suficientes para colocá-lo como 34º colocado no ranking de vendas de veículos de passeio no país.

SOBREVIVENTE
Não se deve confundir o Clio ora encerrado com o que é vendido na Europa: apenas o nome os une. Por lá, o Clio IV usa plataforma moderna e tem outros modelos abaixo de si — no caso, o Renault Twingo. O carro vendido no Brasil até este ano era um sobrevivente da indústria automotiva nacional anterior ao Inovar Auto. Só foi mantido em linha porque a marca francesa não tinha o que colocar no lugar, e sua carroceria permitia a instalação dos agora obrigatórios airbags.

Kwid, o "mini-SUV" que será o novo piso da gama
Também era um remanescente da “Renault Renault”, e não da “Renault/Dacia”. Agora, todos os carros relevantes da marca vendidos no Brasil têm origem na subsidiária da Renault na Romênia; antes do Clio, o último francês de fato era o Mégane.

O Clio chegou a ter uma versão sedã, que foi substituída em 2009 pelo Symbol, um dos fracassos mais retumbantes da indústria brasileira neste século: também feito na Argentina, durou apenas quatro anos e foi devidamente enterrado.

O posto de carro de entrada da Renault no Brasil será assumido pelo Kwid no começo de 2017. De origem indiana, mas fabricado no Paraná, o compacto será alardeado como um mini-SUV. A primeira aparição dele acontece no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, ao lado de mais duas novidades da marca: os também SUVs (ou, mais precisamente, crossovers) Captur e Koleos (o primeiro será nacional).

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