Uma das principais atrações da BMW no Salão do Automóvel do ano passado, o X4 não só já pode ser encontrado nas concessionárias da marca como vem obtendo boa aceitação do público. Tanto que acumulava 413 unidades comercializadas no país até junho, de acordo com a Fenabrave. E antes que você diga que esse número é pequeno, é bom lembrar que estamos falando de um veículo que custa R$ 275.450 (na versão xDrive 28i).
O principal motivo dessa boa aceitação do modelo, certamente, é o estilo do X4, claramente inspirado no do X6, que mescla o visual de um SUV com o de um cupê. A receita, que na teoria parece esdrúxula, na prática tornou-se um sucesso, e não só no mercado nacional.
Estilo à parte, o X4 traz quase tudo o que o consumidor procura em um veículo dessa faixa de preço. Acabamento impecável, desempenho mais que satisfatório, espaço interno adequado (com porta-malas para 550 litros) e muitos equipamentos de série, embora os mais críticos possam apontar a falta de alguns itens desejados, principalmente em segurança.
Já o conjunto motriz não merece ressalvas. O moderno motor 2.0 de quatro cilindros turbo com comando de válvulas variável garante bom desempenho ao SUV-cupê, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 6s6, de acordo com nossos testes. Não é para menos, já que são 245 cv e 35,7 mkgf à disposição.
A tração é integral permanente, mas sob demanda. Em condições normais (piso seco com boa aderência), o carro atua como se fosse um 4×2 com tração traseira. O câmbio automático de oito marchas pode ser acionado manualmente por meio de borboletas junto ao volante.
Além disso, o X4 conta com programa de condução Eco Pro, que proporciona maior economia de combustível por meio de um recurso que desacopla o câmbio quando o utilitário está rodando em piso plano ou declives leves, mantendo a velocidade com o motor em marcha-lenta. Em nossa avaliação, o modelo registrou consumo médio de 9,7 km/l de gasolina, o que lhe confere autonomia de 650 km.
O BMW X4, porém, tem seus pecados. A visbilidade traseira, por exemplo, é ruim, por conta do vidro traseiro muito inclinado. O estilo cupê também prejudica o acesso ao banco traseiro, já que as portas são baixas. Mas, por dentro, felizmente, o espaço é bom e não provoca apertos. Outro aspecto que incomoda é a falta de sistemas de assistência ao condutor, como alerta de mudança de faixa, monitor de ponto cego ou frenagem de emergência com detector de pedestres. São itens que podem ser encontrados em outros modelos e desejados em um automóvel que custa quase R$ 300.000.
Apesar disso, no final a balança acaba pesando em favor do BMW X4 xDrive 28i, pois as qualidades que ele apresenta são mais vantajosas que seus defeitos.
