Caso publicado na seção Tem Solução? da revista CARRO de Agosto (edição nº 250).

A picape Ford Ranger Limited 4x4 apresentou um problema em plena estrada e deixou de funcionar

Leitor: Francisco Duarte Moura Duarte, empresário.

O empresário Francisco Duarte comprou uma Ford Ranger Limited 4×4 com câmbio automático e motor 3.2 a diesel em setembro de 2013. “Tive uma VW Amarok e não me acostumei com ela. Como uso o veículo para trabalho em minha fazenda, preciso de um modelo com bom motor, caçamba ampla e tração 4×4”, explicou. Duarte conta que pesquisou muito antes de optar pelo modelo da Ford. “Preciso viajar duas vezes por semana até a minha fazenda, e, por isso, não posso ficar sem a picape”, conta o empresário.

“Até então, eu estava muito satisfeito com a picape, mas, no dia 23 de maio, estava retornando da fazenda quando o motor da Ranger desligou e não pegou mais, em plena estrada”, lembra o empresário, que afirma ainda não ter visto qualquer indicação de possíveis problemas no quadro de instrumentos.

“Estava saindo fumaça, então, abri o capô e percebi que havia um vazamento de óleo e que o reservatório de água estava vazio”, relata. Duarte encaminhou o utilitário para a concessionária Forlan (em Belo Horizonte) e lá, o funcionário que o recepcionou contou que aquele tipo de problema era comum. “O atendente disse que a causa estava na mangueira do radiador e que isso era recorrente”, recorda Francisco Duarte.

De acordo com o empresário, o diagnóstico de fato indicou um problema na mangueira, que, em contato com partes quentes do motor, derrete e impede a passagem da água. E não surge nenhum alerta no painel, o que faz com que o proprietário siga rodando com o veículo sem perceber o defeito, fazendo o motor trabalhar em temperaturas elevadas.
Após ficar uma semana sem carro reserva, a Ford disponibilizou um modelo compacto — inadequado para as necessidades de Duarte na fazenda —, mas, para surpresa do empresário, cobrou o aluguel. Indignado, Duarte acionou o Procon, pois até meados de julho, estava há mais de 60 dias sem seu veículo e a Ford não lhe enviou qualquer resposta às suas mensagens.

Superaquecimento sem explicação 
O leitor Francisco Duarte diz que esperou 30 dias, e seu veículo não foi devolvido. Então, acionou o Procon e após expirar o prazo para que a fabricante se manifestasse, foi marcada uma audiência para 20 dias após a data limite, o que deve ocorrer no começo de agosto.

Duarte diz que a Ford só entrou em contato com ele no dia 7 de julho, ou seja, 45 dias depois de ele deixar a picape na concessionária. Por estar na garantia, o atendente da concessionária disse, na ocasião, que o motor seria substituído. 
Mas depois, quando o empresário procurou a revenda para saber como estava o andamento do serviço, a resposta foi que a oficina estava esperando as peças. “Se me disseram que iam trocar o motor, quais peças eles estavam esperando?”, indaga o empresário.

Entramos em contato com a Ford no dia 28 de maio e solicitamos uma resposta até 15 de junho. Como não fomos atendidos, voltamos a procurar a empresa, mas, mesmo assim, até 13 de julho, ainda não havíamos recebido nenhuma resposta sobre o episódio.

Finalmente, no dia 14 de julho a Ford encaminhou a seguinte mensagem para a redação: “Em atenção à correspondência encaminhada pelo sr. Francisco Eduardo, informamos que entramos em contato com o cliente e a questão mencionada foi esclarecida. Resta salientar que as peças mencionadas já estão disponíveis no distribuidor Ford Forlan, para que o reparo seja devidamente concluído”. Parecia que a questão finalmente seria resolvida da melhor maneira.

No mesmo dia, procuramos o leitor e, para nossa surpresa, o empresário nos garantiu, por telefone, que nada do que a Ford relatou em sua mensagem ocorreu de fato.

Como ficou:

De acordo com o leitor Francisco Duarte, assim que tomou conhecimento da resposta da Ford encaminhada à CARRO, ele ligou para a concessionária. O resultado, porém, foi desanimador. “Me disseram apenas que ainda estavam aguardando as peças”, conta Duarte. Voltamos a entrar em contato posteriormente, mas não houve novidade. Ou seja, além da demora no atendimento, a Ford não resolveu o problema do leitor e ainda enviou informações equivocadas para a redação. Insistimos junto à Ford a fim de obter alguma nova resposta sobre o caso de Duarte, mas sem sucesso. Seguiremos em busca de um esclarecimento por parte da Ford e acompanharemos o caso até a sua solução definitiva.

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