O Problema
Leitor: José Antônio de Araújo Ribas, 55 anos, de Campinas (SP).
Defeito no veículo: revenda não avisou o cliente que seria necessário fazer o balanceamento e o alinhamento dos pneus, que se desgastaram em demasia.
Pneus do Tucson apresentam problemas por falta de alinhamento
O bancário José Antônio Ribas adquiriu um Hyundai Tucson modelo 2012/2013 em outubro de 2012 e durante mais de um mês não teve problemas. No início de novembro daquele ano, porém, uma trepidação ao rodar fez com que o leitor encaminhasse o veículo a uma concessionária Caoa-Hyundai de Campinas, SP, onde Ribas reside.
O diagnóstico, de acordo com Ribas indicava a necessidade de fazer o alinhamento da direção, que foi realizado, resolvendo o problema. Mas, pouco depois, na primeira revisão do veículo, começaram os problemas. O consumidor conta que o serviço foi feito, e o carro, entregue sem que alguém detalhasse o trabalho. Como o carro parecia estar em perfeitas condições, Ribas não contestou o procedimento.
Porém, na segunda revisão (de 20.000 km), o proprietário percebeu que os pneus traseiros do Tucson apresentavam desgaste excessivo para a quilometragem e fez a observação na oficina.
Para a surpresa de Ribas, a resposta foi que a montadora não se responsabilizaria pelo problema, já que o alinhamento, o balanceamento das rodas e o rodízio dos pneus não haviam sido feitos na primeira revisão do carro. Indignado, o leitor lembra que não foi orientado a solicitar o serviço naquela ocasião. “Fui informado, ainda, que, para obter um parecer definitivo da Hyundai, seria necessário realizar os serviços citados, além do pagamento de R$ 175.
Ribas autorizou o trabalho e recebeu um laudo, no qual constava que “os pneus traseiros apresentavam divergência com o padrão do carro”. Essa foi a justificativa da montadora para não substituir os pneus.
O consumidor não se conforma e lembra: “Em uma de minhas idas às revendas Hyundai em Campinas, fui informado por um dos gerentes que a montadora não utiliza mais os pneus da marca Goodride (os mesmos que equipavam o Tucson de Ribas) por conta de vários problemas semelhantes”.
Avaliação
Atendimento frustrou o proprietário
Os pneus da marca Goodride que apresentaram defeito no carro de José Antônio Ribas, ainda equipavam o veículo até meados de maio, de acordo com o leitor, que entrou em contato com a Revista CARRO no fim de abril.
Contatada pela redação, a empresa respondeu dizendo que enviaria uma resposta o mais breve possível. Cerca de 20 dias depois, a assessoria de imprensa da Caoa-Hyundai nos comunicou que o cliente estava em atendimento. “O setor de pós-vendas confirmou que o cliente será atendido. Contudo, estamos no aguardo de mais informações”, dizia a mensagem.
Entramos em contato com Ribas para confirmar se a montadora estava, de fato, o atendendo, e a resposta foi a seguinte: “Uma pessoa se identificando como funcionário da Hyundai me contatou por telefone, informando que o gerente da concessionária me procuraria para agendar a troca dos pneus como cortesia. Mas, até agora, isso não aconteceu”. O consumidor, como era de se esperar, mostrava muita insatisfação. “Por conta do descaso da empresa, até o fim do mês, provavelmente, pretendo trocar de carro e, principalmente, de marca”, afirmou.
Oito dias depois, a assessoria da Caoa-Hyundai nos enviou outra mensagem, com a seguinte explicação: “Com relação à consulta do sr. José Antônio de Araújo Ribas, informamos que a montadora recomenda, conforme o manual de garantia do veículo, que o alinhamento e o balanceamento sejam efetuados no carro a cada 10.000 km. Contudo, o cliente não autorizou este procedimento na revisão de 10.000 km, permitindo o alinhamento e balanceamento somente na revisão de 20.000 km. Os pneus foram trocados, e o caso em questão, resolvido”.
Como ficou: embora possa parecer estranho ter de providenciar o alinhamento da direção e o balanceamento das rodas de um automóvel que saiu há pouco tempo da concessionária, isso não pode ser considerado um defeito do veículo. Buracos e imperfeições, tão comuns nas ruas, avenidas e estradas brasileiras podem provocar esse tipo de problema, e a fabricante não tem como evitar que isso ocorra. Mas a falha de comunicação no atendimento da revenda Caoa-Hyundai foi a responsável pelo desgaste com o cliente, e, por isso, José Antônio Ribas acabou trocando de carro e de marca. Para piorar, ele nos informou que até o dia 9 de junho, não havia sido comunicado para trocar os pneus do Tucson.
Caso publicado na edição de julho de 2014 (nº 249) da Revista CARRO. Tem algum problema com seu carro novo? Escreva para nós no e-mail carro@motorpressbrasil.com.br