Segundo especialistas, acionistas podem perder participação com a efetivação da fusão

A Fiat concluiu neste ano a aquisição do grupo Chrysler, mas o passo seguinte da negociação não está saindo tão fácil como previsto pelo conglomerado italiano.

Em agosto será realizada uma reunião onde os investidores da Fiat deverão votar se aprovam ou não a fusão das duas companhias, conferindo ao FCA (Fiat Chrysler Automobiles) o status de sétimo maior grupo automotivo do mundo.

Algumas empresas especializadas no assunto, contudo, estão desaconselhando os acionistas da italiana a votarem a favor da operação. Segundo elas, se a negociação for efetivada, os investidores correm o risco de perder direitos, uma vez que sua representatividade na FCA será menor. 

A Fiat precisa de uma aprovação de dois terços da assembleia para validar a fusão, sendo que seu CEO, Sergio Marchionne, declarou na última quarta-feira (23) que está “confiante” no resultado. Esse passo adiante na negociação entre a Fiat e a Chrysler é fundamental para sustentar o plano de cinco anos apresentado pela FCA, uma vez que dessa forma ela conseguirá oferecer ações na Bolsa de Nova York (NYSE). 

Ainda segundo os especialistas, a Exor, uma holding que controla 30% das ações da FCA, seria muito beneficiada com a efetivação da fusão, com sua participação aumentando para cerca de 46% devido a um esquema de lealdade que privilegia investidores de longo prazo. Logo, alguns acionistas apontam um tratamento desigual nas negociações, tornando a situação ainda mais delicada. 

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