A Toyota fala com orgulho dos mais de 3,5 milhões de Prius vendidos em todo o mundo após quase 20 anos de mercado. Híbrido, combinando um motor a combustão com outro elétrico, o modelo ainda é o paradigma de carro ecologicamente correto. Novidades como o Chevrolet Volt e o Nissan Leaf tentam, mas não conseguem tirar o Prius dessa posição. E nesta semana, finalmente, foi revelada em Las Vegas (EUA) a quarta geração do carro.
Bombástica, a Toyota afirma em seu comunicado que o Prius está pronto “para mudar o mundo novamente”.
Além da estreia da plataforma modular global (TNGA, ou nova arquitetura global da Toyota), o Prius faz um ousado movimento em direção a um visual mais agressivo. As linhas da dianteira são finas e pontiagudas, com conjunto óptico em forma de estrela; a inspiração foi o Mirai, movido a célula de hidrogênio, mas essa linguagem que segue um padrão frontal em X já foi adotada por outros modelos da marca japonesa (como o Avensis e o Avalon).
A Toyota ainda não divulgou os números de consumo da unidade a combustão (de 1,8 litro), mas fez questão de frisar que o novo Prius é cerca de 6 cm mais longo que o anterior (o que pode ser visto na traseira, cujo volume ficou mais saliente e deu aspecto de sedã à nova geração) e tem centro de gravidade rebaixado, além de um conjunto de suspensões mais responsivo — ou seja, mais firme, capaz de transmitir a “sensação” da pista a quem vai ao volante.
Tudo isso para tornar o Prius menos “bonzinho” e mais divertido de guiar. E, como essas são características da TNGA, podemos esperar um futuro em que modelos “caretas”, como o Corolla, ganhem em interação com o motorista.
A chegada de uma nova plataforma também motivou a Toyota a instalar equipamentos inéditos no Prius. Sem especificar em qual pacote eles estão incluídos, a marca cita sistema de prevenção à colisão com detecção de pedestres, aviso ativo de troca de faixa, controle de cruzeiro com radar e faróis altos automáticos (todos em LED).
Não foram divulgados preços nem outras características técnicas do Prius, mas as vendas nos Estados Unidos começam no primeiro trimestre de 2016. No Brasil, a terceira geração do modelo é vendida por R$ 120 mil.
