A esta altura, todo mundo já deve saber que a picape Dacia Duster flagrada na Romênia – cujas fotos, como as que ilustram esta nota, já se espalharam pela internet – não será produzida em série e que se tratou apenas de um modelo feito sob encomenda para uma empresa petrolífera que atua naquele país. Mesmo assim, a novidade interessa aos brasileiros, afinal, a Renault (que controla a Dacia) não esconde que pretende lançar uma picape para ocupar um novo nicho de mercado, ou seja, com dimensões intermediárias entre as derivadas de automóveis e as médias. Aliás, esse é o caminho que a Fiat/Chrysler adotará para sua futura picape nacional. Além disso, a Renault planeja mais um produto para concorrer diretamente com Chevrolet S10, Ford Ranger, VW Amarok e demais modelos da categoria.
Vale lembrar que a Dacia já oferece uma picape derivada do Logan em alguns países da Europa. Todavia, esse modelo já foi descartado no mercado nacional, por conta – entre outras coisas – do visual. O design, aliás, é um dos aspectos que deverá ser bastante trabalhado pelos projetistas da Renault no Brasil para o futuro utilitário. Tanto que a empresa deverá expor um protótipo da picape Duster no próximo Salão do Automóvel de São Paulo, com o intuito de avaliar a reação do público. Dependendo da aceitação, o modelo pode estrear no primeiro ou segundo semestre do ano que vem.
E, embora a picape Dacia não exiba um visual muito moderno, é difícil imaginar o que a Renault poderá fazer para “incrementar” o modelo em termos estéticos. A cabine, provavelmente, terá um desenho mais jovial, assim como as lanternas. A caçamba, por sua vez, certamente será maior, já que, de acordo com as especificações levantadas pela publicação alemã Auto Motor Und Sport, o modelo romeno é capaz de transportar 450 kg, inferior, portanto, à capacidade das nacionais Fiat Strada e VW Saveiro.
Já com relação aos motores, o mais provável é que a futura picape Renault seja equipada com o 1.6 16V flex, que gera 115 cv (com etanol). O modelo romeno possui tração integral e esse equipamento (que já equipa a configuração topo de linha do Duster) poderá estar presente na futura picape brasileira, o que seria um diferencial em relação às concorrentes de menor porte.
