A novidade mais comentada nos últimos dias foi o Peugeot 208 GT, e não é para menos, afinal, trata-se de um esportivo “de verdade”, opção que não vemos no mercado já há algum tempo. Mas, apesar disso, esse é um carro de nicho, ou seja, o qual, segundo a própria fabricante, não deverá vender muito. “A expectativa é que o GT responda por aproximadamente 5% a 10% de todos os 208 vendidos no país”, admitiu Ana Theresa Borsari, diretora-geral da fabricante, durante o evento de lançamento do modelo, ocorrido no Ceará.
A nova versão GT pode ter roubado a cena, mas a outra novidade da Peugeot na gama 208 merece muito mais atenção. Trata-se do inédito (e moderno) motor 1.2 flex tricilíndrico, capaz de entregar 90 cv e 13 kgfm (etanol). A princípio, alguns podem achar que se trata de um retrocesso, já que a fabricante vai substituir o antigo motor 1.5 de 93 cv e 14,2 kgfm, mas a história não é bem assim.
Na realidade, o novo propulsor é muito mais moderno que o antigo e, embora entregue menos potência e torque, na prática o motorista não vai perceber grandes diferenças. Ou melhor, vai notar uma grande vantagem na hora de abastecer, já que, de acordo com a Peugeot, o modelo recebeu a avaliação “triplo A” (a mais alta) no programa de etiquetagem do Inmetro, destacando o consumo médio, a autonomia e a baixa emissão de poluentes. Detalhe: embora seja flex, esse motor é importado da França.
De acordo com Sergio Davico, gerente de produto da Peugeot, o novo motor é cerca de 25 kg mais leve que o antigo 1.5, o que também colabora para aumentar a sua eficiência. Essa redução de peso foi obtida com a utilização de materiais mais modernos e leves na construção do propulsor (além dos componentes a menos que um tricilíndrico possui em relação a um 4-cilindros). Além disso, o novo 208 dispensa o uso de gasolina nas partidas a frio, eliminando o “tanquinho”.
Mas as mudanças na gama 2017 do Peugeot 208 não se limitam à parte mecânica. Visualmente, o hatch agora exibe um estilo mais sóbrio (e até conservador), com destaque para a nova grade e o para-choque redesenhado, que traz luzes auxiliares – de série em todas as versões – com novo formato. Além disso, o modelo agora possui luzes de condução diurna de LED, que, além de úteis, ainda proporcionam uma nova “assinatura luminosa” ao veículo. Na traseira, as lanternas também passaram a usar LEDs em vez das lâmpadas convencionais, garantindo mais segurança e modernidade visual.
Por dentro, o 208 segue com o inovador “i-cockpit” com volante pequeno e quadro de instrumentos em posição elevada. A novidade é a central multimídia, que ocupa o lugar do equipamento anterior, mas agora pode espelhar aparelhos celulares por meio dos sistemas MirroLink (Sony, Samsung e HTC) e CarPlay (Apple). Teto panorâmico de vidro e ar-condicionado automático digital de duas zonas seguem disponíveis como item de série a partir da versão Allure (intermediária).
Essa, aliás, foi a configuração avaliada durante o lançamento do modelo, ocorrido em Fortaleza, no Ceará. Rodamos por estradas e vias urbanas, onde o hatch compacto mostrou bom desempenho. Em nenhum momento sentimos falta de potência ou torque, mesmo rodando o tempo todo com o ar-condicionado ligado. O comportamento geral do modelo agradou, com destaque para a direção rápida e precisa e a suspensão, que não apresentou ruído excessivo ou maciez excessiva.
Tabelado em R$ 54.990, o novo Peugeot 208 Allure 1.2 mostrou ser uma opção interessante para quem deseja um modelo compacto para utilização urbana e busca aliar desempenho satisfatório com economia de combustível e conforto.
Ola , tinha um ka hatch 2019 e o consumo dele dentro da cidade era de 12.2 , agora tenho um Peugeot 1.2 allure 2017 e ele é pra ser mais econômico , estudei antes de comprar , só que ele fez 10.8 dentro da cidade ???? Não era pra ser mais econômico????