Marcos Caputo: elogios ao silêncio do motor

Na viagem que quatro “pilotos de testes” fizeram com os Honda Accord V6 e 2.4, cuja reportagem especial você acompanha na edição de maio da revista CARRO e ao longo do mês no CARRO ONLINE, veja o que dois deles falaram sobre os modelos.

Jonathan Fernandes

Fazer um teste num carro é um prazer, ainda mais em modelos tão bons. Foi com esse espírito que o engenheiro mecânico Jonathan Fernandes, 32 anos, assumiu o volante do Honda Accord para uma avaliação. Filho de taxista e responsável pelo treinamento de operação de tratores de grande porte da Komatsu, Jonathan vive o universo de veículos — e conhece bem o assunto. É admirador de carros japoneses, à qual atribui grandes avanços nos últimos anos. “Até a década de 1990, eram bons mas não tinham design. E isso foi corrigido”, diz o proprietário de um Nissan Sentra 2012.

Jonathan comprou seu primeiro carros aos 18 anos, um VW Voyage 86. Em seguida, teve um VW Gol até chegar nas marcas japonesas. Casado e com uma filha de 2 anos, atualmente ele busca soluções mais sofisticadas. “Já estou no perfil de quem gosta de conforto e segurança”, afirma, elogiando esses aspectos no Honda Accord. Também chama atenção a suspensão, que permite uma “navegação” silenciosa, além do porta-malas amplo, bom para quem gosta de viajar com a família. Também achou o modelo econômico, pois chgou a fazer 12 km/l a 120 km por hora, com ar- condicionada ligado.

Jonathan entende de mecânica. Costuma fazer trocas de óleo e pequenos reparos. Assim, elogia o torque do Honda Accord, reforçando que não é importante apenas para desenvolver mais velocidade, mas, também, como recurso de segurança, “para sair rapidamente de situações difíceis”. Para ele, é importante que o carro seja bom para viajar. “Se eu pudesse, teria um carro econômico para os dias úteis e outro, mais equipado e confortável, para viagens de fim de semana”, revela. 

Por passar muitas horas dentro do carro, o equipamento de som também é importante para ele. “O twitter fica na coluna do carro e, assim, dá mais qualidade ao som”. Por fim, observa que o modelo tem um recurso para eliminar ruídos externos e do motor. “É um dispositivo chamado ‘active sound control’ que emite ondas para eliminar o barulho”, explica Jonathan.

Marcos Caputo

Marcos Caputo é apaixonado por carros. Fala com orgulho da sua coleção de 11cautomóveis antigos. Além deles, tem cinco carros para o uso diário: Renault Scénic, Fiat Palio, Mercedes Classe A, Toyota Corolla e VW Fox. Por isso, estava animado para assumir a direção do Honda Accord na avaliação promovida pela Revista CARRO, apesar de já conhecer o modelo. O seu primeiro elogio foi quanto ao silêncio do sedã, mas fez uma ressalva. “Gosto de ouvir o ronco do motor. Modifiquei um dos meus carros antigos, um Camaro, para fazer mais barulho, usando o escapamento de um Simca Chambord”, conta. Seu gosto por carros vai às últimas consequências.

Mas também tem necessidade de carros mais confortáveis — principalmente quando está com a esposa. “Usei esse Camaro para fazer uma viagem e, por causa do ronco, ela ficou dois dias sem falar comigo”, diverte-se. Caputo faz o tipo apaixonado por carros em todos os sentidos a ponto de achar que eles têm vida. “O Honda percebeu a mudança do motorista”, reparou, ao assumir a direção.

Para ele, cuidar de carros é uma atividade sempre prazeirosa, como poucas. “Sou daqueles que gosta de ler o manual de instrução e perco um sábado inteiro procurando alguma peça mais difícil de ser encontrada, é uma diversão”, diz.  Moderado, mantem a velocidade a 120 km/h na estrada e apenas eventualmente “dá uma pisadinha”, para testar o torque do carro — e chega a atingir 160 km/h. “Tive um Uno 1.6 que andava muito. Cheguei a voar com ele numa lombada da imigrantes”, conta.

Como colecionador de carros antigos, costuma frequentar feiras e encontros e faz dessa atividade também uma agradável ocasião social.  “Já tive sete Fuscas ao mesmo tempo”. Ainda que não seja exigente quanto ao conforto dos carros que dirige, Caputo não pôde negar a qualidade do Honda Accord nesse aspecto e a importância que representa para ele.  “Encaixei muito bem no banco”, salienta, informando ser um “gordo satisfeito” com seus 128 kg.

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