Versões do hatch com motor 1.6 e câmbio X-Tronic se diferenciam das manuais no visual e distância ao solo;
confira os números de desempenho da versão Intense 1.6 CVT na pista de testes
Reestilizada pelo centro de design da Renault em São Paulo (SP), a linha Sandero e seus derivados, Logan e Stepway, ganharam mais do que simples retoques visuais. Toda a gama, incluindo as variantes 1.0 com câmbio manual, ganhou quatro airbags de série (motorista, passageiro e dois laterais), cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros e 14 kg em reforços estruturais, incluindo o novo material dos bancos, mais confortável e resistente. Mas a mudança mais visível aplicada desde as versões mais básicas é a assinatura em LED nos faróis dianteiros, remetendo ao atual Megàne.
Nas versões Sandero e Stepway, as lanternas traseiras também mudaram: agora elas invadem a tampa do porta-malas, e também têm assinatura em LED. Por causa do novo desenho do conjunto ótico nessa região, a tampa do porta-malas teve seu recorte ampliado.
A forração interna do teto é escura, derivada do Sandero R.S. e o apoia-braço da porta do motorista tem o comando dos vidros elétricos nas quatro portas. Completam o pacote de série geral o ar-condicionado, engates Isofix, travas elétricas e chave-canivete. O sistema multimídia é o Media Evolution, que só não está presente nas versões básicas Life 1.0 e no Stepway manual, e traz Android Auto e Apple CarPlay. Sua tela é capacitiva ao invés de resistiva, o que permite ser sensível a múltiplos toques como um tablet.
Equipamentos da linha Sandero
A nomenclatura das versões passa a seguir a mesma usada globalmente pela Renault e que começou a ser usada por aqui no subcompacto Kwid: Life, Zen, Intense e Iconic – esta última, apenas para Stepway e Logan.
A gama começa na já citada versão Life 1.0 (R$ 46.990). Os Renault Sandero Zen 1.0 (R$ 49.990) e Zen 1.6 manual (R$ 55.990) trazem comando satélite no volante, sensor de estacionamento traseiro, ajustes de altura do banco e volante, computador de bordo, alarme e vidros elétricos dianteiros com um-toque. Curiosamente, a versão Zen 1.6 com câmbio manual é a única com Stop-Start.
O Sandero Zen 1.6 CVT (R$ 62.990), bem como as demais versões com o câmbio X-Tronic de Logan e Stepway, recebe controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, rodas de 16 polegadas Flexwheel e molduras nas caixas de roda.
Por sua vez, o Sandero Intense 1.6 CVT (R$ 65.490) acrescenta ar-condicionado automático, câmera de ré, faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos, controle de velocidade de cruzeiro e limitador de velocidade e rodas de liga leve de 16 polegadas.
O esportivo topo de linha Sandero R.S. (R$ 69.690), como tem identidade própria e já possuía DRL, não ganhou a assinatura dos faróis dianteiros das demais versões, mas as lanternas traseiras acompanham a reestilização. Tem motor 2.0 4-cilindros de 150/145 cv (E/G) e 20,9/20,2 kgfm, câmbio manual de seis marchas, suspensão 2,6 cm mais baixa, direção eletro-hidráulica com acerto esportivo e escape duplo. As rodas de liga leve de 17 polegadas são novas.
Já dirigimos o Renault Sandero Intense 1.6 CVT
Enquanto seus concorrentes deixavam de lado os câmbios automatizados para adotar câmbios automáticos de verdade, o Renault Sandero insistiu no sistema Easy’R até onde deu. Para compensar o tempo perdido, em sua reestilização, o hatch fabricado no Paraná traz não só o câmbio CVT X-Tronic, o mesmo adotado em demais modelos da Aliança Renault-Nissan (Kicks, Duster e Captur), como outras mudanças bem-vindas para esse segmento.
Perceba nas fotos destas páginas que o Sandero parece bem mais alto. Não é só a impressão causada pela nova moldura plástica das caixas de roda, que se estende pelas laterais. Assim como no novo Logan, especificamente as versões com CVT (Zen e Intense) possuem suspensão elevada em 40 milímetros, mesma configuração do Stepway, deixando a sua altura em 1,57 m, contra 1,52 m da versão 1.6 manual. A solução foi adotada por uma questão técnica: a caixa X-Tronic fica posicionada mais próxima ao chão que o câmbio manual convencional. Comprimento (4,07 m), largura (1,73 m) e capacidade de porta-malas (320 litros) seguem inalterados.
Em comportamento dinâmico, o Sandero CVT, no geral, é exatamente igual ao novo Stepway considerando que, mecanicamente, são praticamente o mesmo carro. Além da suspensão, passa a contar inclusive com os mesmos pneus 205/55R16. Já a direção eletro-hidráulica continua excessivamente firme. Basta os pneus dianteiros perderem meras libras de pressão para o esterçamento do volante em balizas se tornar uma tarefa incômoda.
Por outro lado, é perceptível o quanto o novo material do banco abraça mais as costas. O ponto de visão do motorista está ligeiramente mais alto – algo muito apreciado por consumidores de hatches urbanos. O espaço para a cabeça, bem como todas as dimensões internas, seguem praticamente inalteradas. Entretanto, ainda é sentida a ausência do ajuste de profundidade do volante para obter uma posição de dirigir ideal.
A eficiência do câmbio CVT X-Tronic com 6 marchas simuladas, fabricado pela Jatco, já é conhecida por outros modelos que o carregam. Mas especialmente no Sandero 1.6, se saiu muito bem em uso urbano. As respostas ao acelerador são rápidas e efetivas, sem provocar subidas de giro desnecessárias, transmitindo confiança em ultrapassagens e retomadas. Já em rodovia, em velocidades mais altas, perde empolgação ao reacelerar. O motor SCe 1.6 segue com 118/115 cv (E/G) de potência a 5.500 rpm e 16 kgfm (E/G) de torque a 4.000 rpm. Sim, o tanquinho de partida a frio continua lá.
Exigido na pista de testes da ZF em Limeira (SP), o Sandero 1.6 CVT Intense não teve números tão brilhantes. Acelerou de zero a 100 km/h em 11s7 e fez duas provas de retomada, de 40 a 100 km/h e de 80 a 120 km/h, em 9s3. Já a retomada de 60 a 120 km/h em 13s4 comprova na prática a sensação de perda de fôlego em rodovia. Em consumo de etanol, atingiu exatos 7 km/l em percurso urbano e 10 km/l no rodoviário – média PECO de 8,4 km/l.
Porém, em frenagem, o cenário foi oposto: precisou de apenas 36,61 m para estancar de 100 km/h a zero e teve apenas 31 cm de diferença entre a primeira a última passagem na prova de fading – ambas as marcas, superiores às dos principais hatches compactos do mercado com trem de força semelhante, como o Chevrolet Onix 1.4 AT (versões Advantage, R$ 55.390, e LTZ, R$ 60.990), Ford Ka 1.5 AT (SE, R$ 57.890, e SE Plus, R$ 60.390), Volkswagen Gol 1.6 AT (R$ 58.120), Hyundai HB20 1.6 AT (Comfort Plus R$ 59.990), Fiat Argo (Drive 1.3 GSR, R$ 61.790, e 1.8 AT Precision, R$ 63.590) e Toyota Etios Hatch 1.5 AT (X Plus, R$ 63.190).
Fotos: Fernando Lalli e Rafael Guimarães
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