No lançamento da nova geração do 911 no Brasil, em meados do mês passado, a Porsche mostrou que tem bons motivos para comemorar. A grife de Stuttgart (Alemanha) emplacou 225 mil carros ao redor do mundo em 2015, um crescimento anual de 19%. Com 3,4 bilhões de euros, é a fabricante de carros mais lucrativa do mundo — graças, em boa parte, aos mercados da China (58 mil unidades no ano passado) e dos Estados Unidos (52 mil). Por aqui, entregou 732 carros, e projeta desempenho semelhante ou melhor este ano.
Embora se autoproclame o esportivo mais vendido do mundo, o 911 não é, nem de longe, o produto mais vendido da Porsche. Somados, os SUVs Macan e Cayenne emplacaram cinco vezes mais, também no ano passado. Mas é pelo 911 que bate o coração dos entusiastas da grife. E o coração do modelo bate de volta mais forte: toda a gama agora tem motor com sobrealimentação por turbo.
Matthias Brück, diretor-presidente da Porsche Brasil, lambe a cria: “A nova geração traz motores turboalimentados inovadores, chassi com integração ainda maior entre desempenho e conforto e um novo sistema de informação e entretenimento”, disse. “Estamos muito otimistas quanto ao novo 911 e acreditamos que será um grande sucesso no Brasil”.
Veja abaixo as versões e os preços da gama 911:
Carrera – R$ 509.000
Carrera S – R$ 651.000
Carrera Cabriolet – R$ 557.000
Carrera S Cabriolet – R$ 696.000
Carrera 4 – R$ 543.000
Carrera 4S – R$ 685.000
Carrera 4 Cabriolet – R$ 591.000
Carrera 4S Cabriolet – R$ 730.000
Targa 4 – R$ 591.000
Targa 4S – R$ 730.000
Turbo – R$ 997.000
Turbo S – R$ 1.233.000
Turbo Cabriolet – R$ 1.044.000
Turbo S Cabriolet – R$ 1.277.000
Todas as versões Carrera do novo Porsche 911 usam motor 3.0 boxer (horizontal) biturbo de seis cilindros contrapostos, com duas calibragens: uma que entrega 370 cv, e outra, das versões S, de 420 cv. O câmbio é sempre o PDK automático de dupla embreagem e sete velocidades, independentemente de o carro ter tração nas quatro rodas (designados como 4).
As variações Cabriolet (conversível) e Targa (teto móvel) se diferenciam não somente pelas peculiaridades da carroceria. Os conjuntos ópticos, por exemplo, são exclusivos em cada uma delas.
As versões de maior performance são os 911 Turbo e Turbo S, com motor 3.8 também biturbo, calibrado para 540 cv e 580 cv respectivamente (são 20 cv mais que na geração anterior), ambos com torque máximo acima dos 72 kgfm. Nelas, opcionais como o Dynamic Boost (otimizador de retomadas) e o Sport Chrono (seletor com quatro ajustes de condução) viram itens de série. Segundo dados da fabricante, o Turbo S é o único da nova gama que cumpre o 0 a 100 km/h em menos de 3s (primeira vez que isso é conseguido por um Porsche). O carro crava 2s9, com velocidade final de 330 km/h.
TEM MAIS
A Porsche oferece alguns opcionais suculentos, como o esterçamento das rodas traseiras, que, segundo a fabricante, melhora a abordagem “em curvas apertadas, nas trocas de faixas em alta velocidade e na manobrabilidade no trânsito urbano”. Basicamente, as rodas apontam para o sentido oposto ao das dianteiras em situações de baixa velocidade (menos de 50 km/h), “encurtando” o entre-eixos e facilitando as manobras, ou no mesmo sentido das dianteiras em alta velocidade (acima de 80 km/h), “aumentando” o entre-eixos e, portando, a estabilidade na curva.
Outro item interessante é um sistema de elevação do eixo dianteiro em cerca de 4 cm, e que serve exatamente para isso que você pensou: evitar que a frente raspe nas entradas de garagem e nas lombadas. Tambpem há o PDCC, um sistema que diminui as oscilações da carroceria e tem o efeito prático, comprovado numa sessão de testes numa pista no interior de São Paulo, de deixar o 911 grudado no asfalto mesmo nas curvas mais absurdas — e sempre com a direção leve e precisa.
