Alta do dólar deve barrar a chegada da quarta geração do sedã grande coreano
O Kia Optima, vendido no Brasil entre 2012 e 2015, teve o desenho da nova geração registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Apesar disso, são pequenas as chances de o novo sedã voltar a ser comercializado por aqui.
As principais razões para isso são a alta vertiginosa do dólar e a queda na participação e relevância do segmento dos sedãs grandes, além da própria pandemia da Covid-19, que tende a congelar planos de investimentos e lançamentos de novos produtos.
Principal rival do Optima, o Ford Fusion sairá de linha em breve em todo o mundo – em fevereiro, antes da instauração da quarentena no Brasil, apenas duas unidades do sedã da Ford haviam sido emplacadas. O Passat vendido no Brasil, por sua vez, está desatualizado em relação ao modelo europeu. Entre as marcas “generalistas”, o Optima teria como oponentes o Honda Accord e o Toyota Camry, ambos posicionados acima dos R$ 200 mil.
Com é o novo Optima
À venda desde dezembro no Coreia do Sul (onde é batizado de K5), o novo Optima é 50 mm mais comprido que o antecessor (4.905 mm ao todo) e 25 mm mais largo (1.860 mm). A distância entre eixos saltou de 2.795 mm para 2.850 mm, enquanto a altura ficou 20 mm menor (1.445).
O visual ousado, marca da antiga geração, ganhou traços com mais identidade neste novo modelo. Na dianteira, os faróis full LED trazem formas irregulares, onde as extremidades avançam em direção ao para-lamas e para-choque. Na lateral, o friso cromado que começa na coluna dianteira e se estende até o vidro traseiro foi mantido, como no antecessor. A parte de trás destaca-se pelas lanternas interligadas, como no “primo” Hyundai Sonata.
Na cabine, o sedã mescla materiais como couro perfurado e madeira para ampliar a sensação de requinte. A central multimídia possui 12,3 polegadas e é interligada ao quadro de instrumentos. A alavanca de câmbio tradicional foi substituída por um botão giratório, como no Fusion.
Na Coreia do Sul, o novo Optima possui opções de motor 2.0 aspirado (152 cv e 160 cv) e 1.6 turbo (180 cv), além de uma variante híbrida.
Fotos: Reprodução e divulgação