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Sedã médio tem 209cv no modelo de entrada e custa mais que os rivais mas isso é o suficiente?

Por Marcos Camargo Jr. Fotos: Marcos Camargo Jr e BYD/Divulgação

A BYD lidera o segmento de carros elétricos do Brasil com o Dolphin e o Dolphin Mini, que passou pelo Raio X da Revista O Mecânico, está entre os híbridos mais vendidos com o Song Plus e se prepara para ingressar nos SUVs compactos com o Song Pro. Entre os sedãs médios, segmento já decadente sejamos francos, a estreia é com o BYD King que chegou para avançar sobre o Toyota Corolla e abrir mais vantagem sobre o Honda Civic HEV.

O visual do King é arrojado com seus 4,7 metros de comprimento, 1,83 metro de largura, 1,49 metro de altura e 2,71 metros de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade de R$ 450 litros.

Na versão GL o King tem motor 1.5 aspirado de 110cv e motor elétrico de 180cv e 32kgfm de torque com potência combinada de 209cv mas sem torque revelado.

Teste rápido

Andamos com o carro em um circuito fechado montado em um estacionamento de shopping de SP. A razão é que o carro não está homologado no mercado nacional e, portanto, não está emplacado.

Ao entrar no carro se nota que o acabamento é conservador mas com duas telas digitais tendo a multimídia giratória tradicional. O comportamento é bem linear mas os 209cv são mais que o suficiente para a saída no modo elétrico ou combinado. Tudo depende do pé do motorista. Porém o carro é um híbrido plugin e requer “abastecimento” em wallbox. A visibilidade a bordo é boa e o acabamento é bem feito mas com tom um pouco mais conservador talvez de olho em sua clientela alvo que passou anos comprando Corolla, Civic ou mesmo Sentra.

A bateria de 8,3kwh roda em torno de 50km sem acionar o modo a combustão que pode ser selecionado por um botão no console. O ideal é sempre trabalhar de forma combinada para melhor equilíbrio sendo possível usar o King na cidade em deslocamentos curtos sem uso de gasolina.

O BYD King GL vem com Wi-Fi integrado, sistema de som com seis alto-falantes, sensor de estacionamento frontal e traseiro, câmera com visão de 360º HD, freio de estacionamento eletrônico mas não tem controle de cruzeiro adaptativo nem mesmo no modelo GS mais caro.

Embora em um circuito tão curto foi possível perceber o quanto o BYD King é competitivo. Seus 209cv com sistema híbrido promete consumo médio de 25km/l bem superior aos concorrentes com um preço menor e garantia de seis anos. Para efeito de comparação o Toyota Corolla tem 122cv e o Civic HEV tem 184cv mas não divulga a potência combinada e custa R$ 100 mil a mais que o modelo chinês.

Isso é tudo?

Sem dúvida o King mostra-se competitivo entre um segmento de clientes tradicionais que estão migrando dia a dia para SUVs. O King é vendido por R$ 169,8 mil com uma bonificação nessa fase inicial para o preço de tabela de R$ 175 mil.

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