Nova Hilux parte de R$ 118.690 com cabine simples

A Toyota está lançando no Brasil a nova geração da picape Hilux. As vendas começam ainda neste mês. Por ora, a única motorização disponível será a 2.8 turbodiesel de 177 cv e 45,9 kgfm de torque, com transmissão manual ou automática de seis velocidades. A tração é sempre 4×4.

A fabricação acontece na Argentina. Veja a gama:

Hilux Chassi-cabine 4×4 manual (para frotistas): R$ 114.860
Hilux Standard cabine simples 4×4 manual: R$ 118.690
Hilux Standard cabine dupla 4×4 manual: R$ 130.960
Hilux SR cabine dupla 4×4 automática: R$ 162.320
Hilux SRV cabine dupla 4×4 automática: R$ 177.000
Hilux SRX cabine dupla 4×4 automática: R$ 188.120

O estilo algo bruto da Hilux já havia sido suavizado na geração anterior, que trouxe conjunto óptico e grade frontal afilados. Agora, ficou ainda mais próximo de um modelo urbano, com tema dianteiro em U invertido e barras cromadas que se fundem aos faróis — como no Corolla. Faróis e fita de luzes diurnas de LED (esta, a mais recente assinatura de qualidade automotiva) são reservadas à nova versão de topo, a SRX, bem como as rodas 18″. As demais contam com luzes halógenas e rodas 17″.

Há cinco cores disponíveis: branco (sólida), prata, cinza, preto e vermelho (denominada “volcano”, e mostrada nas fotos dessa reportagem, que são todas da versão SRX). 

Estruturalmente, a Hilux segue sendo montada no esquema carroceria sobre chassi. De acordo com a fabricante, houve um enrijecimento de 20% na base da picape, o que aumenta estabilidade e segurança. Foram usados materiais de alta resistência, com aumento de até 3 mm na espessura de alguns pontos. Um dado que parece prosaico, mas que em veículos off-road é importante: o protetor de cárter também cresceu e ficou mais grosso.

A Hilux ficou maior por fora: cresceu 7 cm e chegou a 5,33 metros. Também ficou mais larga 2 cm, com 1,85 metro. Houve mudança também na altura, mas para menos: agora são 1,81 metro, 4,5 cm a menos que na geração anterior. O entre-eixos não mudou: 3,08 metros.

DEMOROU
A oitava geração da picape traz várias inovações bem-vindas, possíveis somente com a renovação da plataforma. Uma delas é o acionamento da tração nas quatro rodas: até a geração anterior o procedimento era feito por meio de uma alavanca manual. Agora, usa-se um controle eletrônico no painel.

A reforma no interior da picape era urgente. A Toyota sabia disso, e modernizou a cabine para que os ocupantes se sintam a bordo de um carro de passeio. Até mesmo a cor da iluminação, agora azul, remete ao ambiente de um sedã médio. No entanto, o relógio digital estilo anos 1980 continua.

 
No quesito segurança, a nova geração da Hilux entrega equipamentos interessantes, mas eles não estão presentes em todas as versões. São eles:

Freios ABS com distribuição eletrônica da frenagem (EBD) e assistente de frenagens emergenciais (BA), airbags frontais e joelho para o motorista, em todas as versões; controle de tração ativo (A-TRC), controle de estabilidade (VSC), assistente de reboque (TSC), assistente de partida em rampas (HAC) e luzes de neblina, nas versões SRV e SRX.

O assistente de descida em ladeiras (DAC), que pode ser muito útil em situações de off-road, especialmente em terra molhada, é oferecido apenas na SRX. Também só ela oferece airbags laterais para motorista e passageiro e airbags de cortina, totalizando sete bolsas. O Latin NCAP deu cinco estrelas (nota máxima) em segurança para a Hilux na proteção a adultos, e quatro estrelas para a proteção a crianças.  

MERCADO
A Hilux é a segunda picape média mais vendida do Brasil. De acordo com a Fenabrave (associação das revendas), foram 27.318 emplacamentos este ano (até o final de outubro). Somente a Chevroet S10, que ganhou nova geração no ano passado, supera o utilitário da Toyota, com 28.010 vendas. A Ford Ranger vem num distante terceiro lugar, com 14.614. Ambas foram renovadas nos últimos dois anos.