Baterias LMR trocam cobalto e lítio por mais manganês e são mais eficientes
Texto: Marcos Camargo
Uma das grandes barreiras na eletrificação é o custo de produção elevado bem como o uso de componentes minerais que encarecem a produção dos veículos. Com a plataforma ULTIUM, a GM deu um passo importante rumo aos modelos mais eficientes e modernos mas também mira a escala de produção olhando para modelos mais acessíveis. Por isso a GM já confirmou que em 2028 vai ter uma nova geração de baterias chamada de “LMR”.
Desenvolvida com a LG Energy Solution e Samsung, a bateria LMR usa lítio com alto teor de manganês substituindo o cobalto que é caro e de difícil extração. As baterias de hoje usam 85% de níquel o que encarece o custo. Mas com o processo de enriquecimento de manganês, a eficiência é mais alta. A GM pretende usar essa bateria em modelos mais acessíveis deixando as de níquel manganês e cobalto para modelos premium.
As baterias LMR também usam células prismáticas que são de fácil montagem. Ao todo a bateria LMR é 33% mais densa em energia.
Com a montagem em lâminas aplicadas em módulos que permitem uma manutenção simples, a rescisão de peças nos módulos chega a 75% e os elementos do sistema de bateria como um todo são 50% mais baratos de se produzir.
Além das baterias LMR, fabricantes desenvolvem outras soluções. No mercado são comuns as combinações de minerais como lítio ferro fosfato, íons de lítio (Li-ion), NMC (Níquel-Manganês-Cobalto) e NCA (Níquel-Cobalto-Alumínio.
As baterias LMR da General Motors estão desenvolvidas mas há uma estratégia de ganho de escala que será alcançada em 2028. A GM está desenvolvendo sua cadeia de fornecedores para uma alta escala e irá empregar as baterias LMR sobretudo em veículos mais acessíveis que estarão no mercado dentro de alguns anos.