Geely GC2 chega ao Brasil em 2014, trazido pelo Grupo Gandini

A Kia do Brasil adora fazer merchandising de seus carros nas novelas globais. O que a marca não imaginava é que ela própria viveria um dramalhão rocambolesco no país, por conta de um grande vilão (ao menos para ela) chamado Inovar-Auto. Em função dos aumentos das alíquotas para carros importados, a Kia viu suas vendas despencarem em 2013.

“Em 2012, vendemos 44.000 mil carros, metade do que havíamos comercializado em 2011. Deveremos fechar este ano com 29.000 unidades”, lamenta José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasi. “O governo conseguiu o que queria: prejudicar as importadoras de grandes volumes.”

Agora, a novela está em seus últimos capitulos e com previsão de final feliz para a marca. Com o aval da matriz sul-coreana, a Kia iniciou o processo de adesão ao programa Inovar-Auto, a fim de cumprir as metas de eficiência energética que devem ser comprovadas em outubro de 2017. “Assim, teremos direito a uma cota de 4.800 carros por ano sem precisar pagar os 30 pontos percentuais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)”, diz Gandini. Beneficiada por essa decisão, a Kia estima um crescimento de 3% nas vendas no ano que vem.

Para ajudar a alavancar sua posição no mercado brasileiro, a Kia lançará o sedã de luxo Quoris, em abril, e a segunda geração do Kia Soul, em maio. Já o Cerato Koup e o hatch e o Carens não têm chegada definida. “É uma questão de fazer contas para saber da viabilidade de importá-los”, revela o executivo.  

Se não bastasse o largo histórico com a Kia no Brasil, José Luiz Gandini também começa a representar a chinesa Geely Motors por aqui. Em janeiro, chega o primeiro lote de 200 unidades do sedã EC7 1.8 e câmbio manual de 5 marchas, que é montado no Uruguai. Ainda no primeiro semestre do ano, será a vez do compacto GC2 1.0 desembarcar no Brasil.

Em setembro, a Geely — que detém a Volvo — inaugurou em Gotemburgo (Suécia) um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para criar plataformas comuns para os futuros modelos das duas marcas. No momento, está em desenvolvimento uma plataforma para fabricar as novas gerações de EC7 e Volvo V40. 

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