Texto: Marcos Camargo

A Nissan encerrou nesta semana oficialmente a produção do GT-R R35 após 18 anos de mercado. Desde o lançamento, em 2007, foram fabricadas aproximadamente 48.000 unidades do modelo, que se tornou um dos esportivos mais reconhecidos do mundo. O fim da produção está relacionado ao cumprimento de metas globais de emissões de poluentes.

A demanda pelo esportivo ainda existe, mas restrições regulatórias já haviam reduzido sua presença em mercados importantes. O GT-R deixou de ser comercializado na Europa em 2022 e, no Estados Unidos, no final de 2024. Agora, o Japão, último mercado em que o modelo era vendido, também encerra as vendas, com as últimas unidades produzidas em versões especiais como T-Spec e Skyline Limited Edition.

 

 

O legado do motor V6 biturbo

 

O R35 foi equipado desde o início com um motor 3.8 V6 biturbo, montado manualmente por uma equipe de nove engenheiros especializados. A potência inicial era de 473 cv, mas, ao longo dos anos, o conjunto evoluiu e chegou a 592 cv na versão Nismo. Preparadores independentes levaram o modelo a patamares ainda mais altos, com unidades modificadas superando os 2.000 cv.

O GT-R também ficou marcado por seus feitos no circuito de Nürburgring. Em 2007, a Nissan divulgou que o modelo havia superado o tempo do Porsche 911 Turbo, gerando polêmica sobre os pneus usados no teste. No ano seguinte, a marca retornou ao circuito com um carro em configuração homologada e registrou um tempo ainda menor, consolidando a reputação do esportivo japonês.

 

 

Um futuro elétrico para o GT-R

 

A Nissan já confirmou que o nome GT-R será mantido em um novo projeto. Durante o Salão do Automóvel de Tóquio, no início do ano, a marca apresentou o conceito Hyper Force, que antecipa um sucessor totalmente elétrico. Ainda não há previsão de lançamento, mas o conceito indica o caminho da eletrificação para a próxima geração do esportivo.

 

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