A Nissan deixou de vender o Livina no Brasil. O modelo, uma espécie de meio-termo entre perua e monovolume, foi lançado no país em 2008 e, segundo a fabricante, emplacou cerca de 65 mil unidades.
As vendas cessaram agora, mas o comentário é de que o Livina deixou de ser fabricado há vários meses na unidade da Nissan em São José dos Pinhais (PR). Por ora, nenhum carro vai substituí-lo; apenas em 2016 o crossover Kicks deve asssumir o papel que o Livina cumpriu nos últimos sete anos.
O fim do Livina mostra que houve um erro de timing em seu lançamento no Brasil: apesar do grande espaço interno e do trem-de-força confiável, além de interessante relação custo/benefício, o modelo não foi páreo para o Honda Fit, benchmark quando o tema é monovolume; e, ao mesmo tempo, chegou quando as peruas já haviam iniciado o declínio que desembocou na ascensão de SUVs urbanos e crossovers.
O Livina era vendido com cinco e sete lugares (este, o Grand Livina). Uma eventual importação do X-Trail poderia suprir a demanda por maior capacidade de passageiros. Mas o preço deste seria muito mais alto (o Livina sempre esteve na faixa de R$ 40 mil a R$ 60 mil).
O portfólio da Nissan no Brasil agora conta com March, Versa, Sentra, Altima e a picape Frontier; apenas nos últimos anos deixaram de ser vendidos por aqui Tiida (hatch e sedã), Pathfinder, Murano e o esportivo 350Z. Em compensação, a empresa ergueu uma fábrica no Rio de Janeiro e nacionalizou a produção de March e Versa. O Kicks deve sair dessa mesma fábrica.