Cinco anos após o seu lançamento no Brasil, o Citroën Aircross passou por sua primeira reestilização. O objetivo, claro, é manter o modelo atraente e competitivo, principalmente depois da chegada dos novos SUVs compactos, mesmo que o Citroën não concorra diretamente com eles. O lançamento confirma a aposentadoria do C3 Picasso.

Citroën Aircross ganhou nova dianteira, moderna e ousada
Visualmente, a principal mudança está na dianteira, que agora exibe faróis mais afilados do tipo parábola. A grade também foi modificada e o carro ganhou luzes diurnas de LED, que proporcionam mais segurança. No geral, o estilo lembra o do monovolume C4 Picasso e o resultado agrada, transmitindo impressão de modernidade.

Nas laterais e na traseira, porém, as mudanças são muito mais discretas, limitando-se aos novos adesivos e detalhes estéticos. O estepe fixado à porta traseira foi mantido nas duas versões com motor 1.6, mais caras (nas duas com propulsor 1.5 ele sumiu); a suspensão ganhou novo ajuste e, segundo a fabricante, tem maior capacidade de absorção de impactos. Os parachoques redesenhados ainda proporcionaram novos ângulos de entrada e saída (23° e 29,3°, respectivamente). Já a altura em relação ao solo continua em bons 194 mm.

Até segunda ordem, Aircross mantém estepe externo
Na parte interna, duas novidades saltam aos olhos: a primeira é a central multimídia com tela de 7″ de operação simples e intuitiva. Apesar da aparência minimalista, o aparelho tem muitos recursos, como câmera de ré com sensor de manobras, conexão Bluetooth, rádio com entrada auxiliar USB e memória interna de 16 GB e navegador. Além disso, ele ainda pode espelhar o telefone celular por meio dos aplicativos MirrorLink e CarPlay, da Apple (este, por cabo). Trata-se, de acordo com engenheiros da Citroën, de uma versão mais avançada do que equipa o C4 Picasso.

A outra novidade é mais simples, mas não menos chamativa: as saídas de ventilação, que agora têm molduras quadradas. Foi uma solução criativa para dar um aspecto de modernidade à cabine sem gastar muito, já que os direcionadores de ar são os mesmos do modelo anterior. A primeira impressão, porém, é de que o conjunto é totalmente novo.

Mudando sem mudar: saída de ar é a mesma, mas moldura agora é quadrada

Na parte mecânica, o motor continua o mesmo 120 Vti Flex Start 1.6 (que dispensa gasolina nas partidas a frio), com 122 cv e 16,4 kgfm (com etanol). Já o câmbio traz marchas com novas relações — embora seja o mesmo do anterior — e o diferencial foi alongado em 5% para proporcionar economia de combustível, um dos aspectos mais criticados do Aircross até agora.

O motor 1.5 flex de 93 cv, de série na versão Start, pode ser trocado pelo 1.6 já na Live. 

ATÉ QUE FOI BOM
Em nossos testes, o novo Citroën Aircross obteve números satisfatórios. A aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, foi realizada em 12s6, marca razoável para um veículo desse peso (1.325 kg em ordem de marcha) e tamanho. Já o consumo médio ficou em 8,3 km/l de etanol, o que lhe confere uma autonomia de 456 km.

Outra novidade bem-vinda é o indicador digital de marchas no quadro de instrumentos, ferramenta sempre útil para obter mais economia. O único senão é que esse equipamento poderia ser maior ou contar com uma luz para facilitar a visualização. A visibilidade, em compensação, continua como um dos destaques do Aircross. Durante a apresentação do modelo, pudemos avaliá-lo em trechos de terra batida e cascalho, situações nas quais o veículo se saiu muito bem, apresentando nível de ruído satisfatório e desempenho dentro do esperado.

Veja o teste completo do Aircross na CARRO #266
PREÇOS
A melhor notícia, porém, é que a Citroën não reajustou o preço do novo modelo. Apenas os nomes das versões foram alterados e adotaram de vez o idioma inglês. O Aircross está disponível nas configurações Start (R$ 49.990), Live (R$ 53.990 com motor 1.5 e R$ 58.990 com motor 1.6 e câmbio automático), estas duas sem estepe na traseira; além de Feel (
R$ 58.990 e R$ 63.290 com câmbio automático) e Shine, a topo de linha (que está nas fotos, a R$ 69.290, somente A/T).

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