A Mercedes-Benz apresentou oficialmente a décima geração do Classe E, em evento prévio à abertura do Salão de Detroit, nos Estados Unidos, que começa nesta segunda-feira (11). O modelo executivo de luxo chega para ser o sedã “mais inteligente do segmento”, segundo a companhia, exaltando os novos recursos de condução autônoma, como a possibilidade de seguir o trafego à frente em velocidades até os 210 km/h. O novo Classe E chega às lojas nos EUA a partir de julho deste ano.
Embora a companhia destaque o apelo luxuoso do carro, próximo ao que é oferecido no Classe S, CARRO ONLINE já havia mostrado que os alemães pouco ousaram no design da novidade, deixando-o como uma espécie de Classe C maior. Contudo, em relação ao predecessor, o novo Classe E ficou 4,3 cm mais longo, o que resultou em um bom ganho de 6,6 cm na distância entre-eixos do modelo.
Por dentro, a Mercedes apostou em uma mistura de elegância e tecnologia. O acabamento do carro é revestido por couro em duas tonalidades, complementado por peças de plástico liso pretas no painel, portas e console central. Há também apliques de metal para compor detalhes como a moldura das saídas de ar e maçanetas. Opcionalmente ainda pode haver apliques de madeira pela cabine. Há, ainda a opção de personalização das luzes ambientes do Classe E, por meio das 64 opções de cores de LED distribuídas no interior do veículo.
A tecnologia fica por conta do painel digital integrado à tela de 12,3 polegadas do sistema multimídia do carro. Para controlá-las, o motorista pode usar os comandos sensíveis ao toque do volante (que respondem a movimentos similares ao que utilizamos nos smartphones) ou pelo touchpad no console central, que também reconhece caligrafia para inserir endereços no GPS, por exemplo.
DIRIGINDO SOZINHO
O mote de ser o sedã mais inteligente do segmento também é definido pela tecnologia, mas neste caso, direcionada à condução autônoma. O Classe E agora conta com um sistema denominado Drive Pilot, que de maneira inédita, segundo a Mercedes, permite fazer com que o carro siga o tráfego à sua frente em velocidades até os 210 km/h. Graças às câmeras, sensores e radares que circundam o veículo, o motorista precisa apenas definir a velocidade e distância que quer se manter em relação ao carro da frente. O Classe E assume o resto, sem que o motorista precisa acelerar, frear ou controlar a direção.
O Drive Pilot também estreia outra função autônoma no Classe E com o assistente de mudança de faixa ativo. Uma vez ligado, basta o motorista indicar com a seta a faixa em que quer trafegar (direita ou esquerda) e o veículo realiza a manobra autonomamente, caso haja espaço seguro para isso. Vale ressaltar que este nível de condução autônoma só é possível em estradas com faixas bem sinalizadas, para que o carro possa se localizar precisamente no trânsito.
Porém, mesmo em vias onde a pintura do solo não é boa, como em áreas onde o asfalto está sendo reformado, por exemplo, o Classe E consegue seguir o tráfego e manter a função Drive Pilot ativada. Nestas situações, os radares se baseiam nos outros carros e referências paralelas (muros, calçadas, etc.) para se posicionar na via, em velocidades até os 130 km/h.
Outros recursos de segurança, como frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego traseiro e de pedestres estão inclusos no pacote de tecnologia do Classe E. Ainda há comunicação entre carro e smartphone para estacionar o veículo remotamente e receber notificação das condições do trânsito e das vias em tempo real.
MOTOR TURBO CHEGA PRIMEIRO
Aguardado para chegar no próximo verão às lojas dos Estados Unidos, a primeira versão do novo Classe E a ser oferecida será a equipada com motor 2.0 turbo de quatro cilindros da companhia. O bloco gera 244 cv de potência e 37,7 kgfm de torque. A transmissão que trabalha com o propulsor é a automática de nove velocidades 9G-TRONIC.
Quanto a dirigibilidade, a nova geração do Classe E teve todo o seu sistema de suspensão renovado, contando agora com molas de aços e três câmaras de ar na suspensão traseira e duas na frente para controlar os diferentes modos de condução do veículo. Entre conforto e esporte, o carro pode ser enrijecido ou rodar mais macio, dependendo da demanda ou condição da via. Em velocidade de cruzeiro numa estrada, por exemplo, a suspensão rebaixa automaticamente, para diminuir o coeficiente de arrasto do carro, logo, priorizando sua aerodinâmica e eficiência energética.
A décima geração do Mercedes-Benz Classe E chegará ao Brasil no segundo semestre deste ano.